Por Assessoria de Comunicação da Embasa
Nos últimos três anos, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) investiu R$ 5,5 milhões em inspeção, manutenção e recuperação estrutural das barragens sob sua responsabilidade. Até 2021, mais R$ 25 milhões estão previstos para a continuidade dessas ações. Com esse trabalho, as 27 barragens operadas pela empresa que se enquadram nos critérios da Política Nacional de Segurança de Barragens estão em boas condições de segurança e funcionamento. As ações da Embasa nessa área foram apresentadas nessa terça-feira (29) no Workshop sobre as Condições de Segurança das Barragens na Bahia, promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-BA), na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia.
Atualmente, todas as barragens administradas pela Embasa apresentam baixo ou médio risco, conforme o último Relatório Nacional de Segurança de Barragens publicado pela Agência Nacional de Águas (ANA). Mais importante do que a categoria de risco, no entanto, é que essas estruturas têm recebido ações de monitoramento e melhorias pela empresa. “O que garante a segurança é o acompanhamento da barragem”, destaca o coordenador de Segurança de Barragens da Embasa, Lúcio Landim.
Melhorias em Pituaçu
Em sua apresentação, Landim citou a recuperação estrutural realizada pela Embasa, em 2016, na barragem de Pituaçu. Esse reservatório, construído em 1912 e não mais utilizado para abastecimento humano, recebeu reforço nos vertedouros e um novo sistema de drenagem interno. Quando construído, seu entorno não era habitado. Porém, com o passar dos anos, a área passou por ocupação imobiliária espontânea, sem planejamento e sem fiscalização do poder público, constituindo a comunidade do Bate Facho.
“A comunidade do Bate Facho cresceu a jusante da barragem de Pituaçu, isto é, no sentido em que fluem as águas. Por isso, além de cuidar das condições físicas da barragem, a Embasa vem mantendo contato com a comunidade, inclusive implantando um plano de ação para casos de emergência, como previsto na lei 12.334/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens”, destaca.
O sistema de alerta a ser implantado na área do Bate Facho inclui a transmissão de sinais de sirene, mensagens de voz, mensagens de texto enviadas para os celulares cadastrados, sinais luminosos e evasão pelas rotas de fuga traçadas pela Codesal. “Diante de qualquer anormalidade, além de adotar providências para correção, podemos acionar o sistema de alerta para a população ficar de prontidão. Caso o problema persista, será o acionado o modo emergência, avisando a população para se dirigir aos pontos de encontro determinados, por meio das rotas de fuga pré-estabelecidas”, explica Landim.
Próximas ações
Para 2019, a Embasa tem ações de melhoria programadas para as barragens de Aracatu e Brumado, já com empresas contratadas. Também estão previstas para este ano as licitações para intervenções nas barragens de Piau, Serra Preta e Joanes I.
O Workshop sobre Segurança de Barragens promovido pelo CREA reuniu especialistas da área e representantes de diversos órgãos públicos, como CERB, Codevasf e DNOCS, com apresentações voltadas principalmente para os reservatórios de acumulação de água. Os organizadores anunciaram que pretendem realizar um novo evento, em breve, voltado para a segurança das barragens de mineração.