A Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) encerrou nesta quarta-feira (28) sua participação no 33º Congresso da Abes e Fitabes 2025, realizado em Brasília (DF), com uma programação robusta voltada para os principais desafios e caminhos da universalização do saneamento no Brasil.
O último dia do evento foi marcado pela presença ativa da Aesbe em diferentes frentes de debate técnico e institucional. Pela manhã, o painel “Dinâmicas e processos de inovação em saneamento como ferramenta para atingir a universalização” trouxe importantes reflexões sobre o papel da inovação tecnológica no setor. O painel foi moderado por Fuad Moura, presidente da ABES-DF e coordenador da Câmara Técnica de Inovação da Aesbe. Participaram da discussão nomes de destaque como Marília Lara, CEO da Stattus4; Luewton Lemos Agostinho, professor da Universidade NHL Stenden da Holanda; Ronner Gondim, da Cagece; e Henrique Vasquez Feteira do Vale, da FINEP.
Paralelamente, o Diálogo Setorial 11 discutiu os caminhos para a universalização dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, com a presença de Sérgio Antonio Gonçalves, secretário executivo da Aesbe, além de Camila Viana, diretora-presidente da SPAguas, e Gesmar Rosa dos Santos, do IPEA. A mediação ficou a cargo de Luis Eduardo G. Grisotto, da ABES e Cobrape.
No mesmo período, o Painel J6 abordou um tema estratégico para a regulação: “Bandeiras Tarifárias no Saneamento como instrumento de controle de demanda de água e alocação negociada de recursos hídricos”. O painel contou com Felipe Bueno Xavier Nunes, coordenador da Câmara Técnica de Regulação da Aesbe; Agostinho Moreira Filho, da Câmara Técnica Comercial da Aesbe; além de representantes da ANA, Sabesp e Comitê do Paranaíba. A mediação foi conduzida por Aline Oliveira, da ABES-DF e Caesb.
À tarde, o debate sobre Parcerias Público-Privadas (PPPs) no Diálogo Setorial 13 colocou em pauta se essas parcerias representam soluções estruturantes ou apenas paliativos no processo de universalização. Participaram da mesa o diretor-presidente da Casal, Luiz Cavalcante Peixoto Neto, o advogado Bruno Werneck, o CEO da GSInima, Paulo Roberto de Oliveira, e o diretor da Arsesp, Daniel Antônio Narzetti, com mediação de Álvaro Menezes, diretor da Abes.
Simultaneamente, o Painel K3 tratou do tema “Risco Climático no Setor de Água e Esgoto”, com especialistas como Ana Lucia Szajubok (Sabesp), Argemiro Teixeira (UFMG), Felipe Bittencourt (WayCarbon) e Gustavo Méndez(BID). A coordenação foi de Natália Flecher (Iguá e ABES), e a moderação ficou a cargo de Camila Roncato, da Saneago e coordenadora da Câmara Técnica de Gestão Ambiental e Mudança do Clima da Aesbe.
A presença da Aesbe ao longo dos quatro dias do congresso reafirma seu papel como uma articuladora central na formulação de políticas públicas e estratégias para o saneamento básico. Ao integrar painéis técnicos e espaços institucionais com representantes das companhias estaduais, da academia, de agências reguladoras e de organismos internacionais, a Associação reforçou seu compromisso com a construção de soluções sustentáveis, inclusivas e inovadoras para garantir o acesso universal aos serviços de água e esgotamento sanitário no Brasil.
O Congresso da ABES é considerado o principal encontro do setor no país e reuniu milhares de profissionais, especialistas e gestores públicos, consolidando-se como um espaço privilegiado de diálogo e formulação de propostas para os desafios contemporâneos do saneamento.