Indicação do economista foi aprovada por 55 votos favoráveis e 6 contrários, além de uma abstenção. Mais cedo, Campos Neto foi sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos.

Por G1 — Brasília

26/02/2019 19h18

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (26), por 55 votos favoráveis, 6 contrários e uma abstenção, a indicação do economista Roberto Campos Neto para a presidência do Banco Central.

Próximo ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Campos Neto foi indicado para o cargo em novembro do ano passado, após a confirmação do resultado eleitoral.

A indicação do economista já havia sido aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), também nesta terça. A aprovação pelo plenário da Casa era o último passo para que Campos Neto pudesse assumir o comando do BC.

Antes de ter seu nome aprovado pelo plenário e pela CAE, Campos Neto foi sabatinado por senadores. Durante a sabatina, o economista defendeu a redução do tamanho do Estado brasileiro e a autonomia do Banco Central.

Ele também avaliou que o sistema bancário brasileiro não é mais “concentrado” do que em outras economias desenvolvidas, e acrescentou que os bancos do país também são competitivos.

Perfil

Neto do economista Roberto Campos, expoente do pensamento liberal e ministro no governo Castelo Branco, Roberto Campos Neto é formado em Economia pela Universidade da Califórnia, com especialização em Economia com ênfase em Finanças, pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

Ele trabalhou no Banco Bozano Simonsen de 1996 a 1999, onde ocupou os cargos de Operador de Derivativos de Juros e Câmbio (1996), Operador de Dívida Externa (1997), Operador da área de Bolsa de Valores (1998) e Executivo da Área de Renda Fixa Internacional (1999).

De 2000 a 2003, Campos Neto, segundo o perfil que consta no site do Santander, trabalhou como Chefe da área de Renda Fixa Internacional no Santander Brasil.

Em 2004, ocupou a posição de Gerente de Carteiras na Claritas. Ingressou no Santander Brasil em 2005 como Operador e em 2006 foi Chefe do Setor de Trading. Em 2010, passou a ser responsável pela área de Proprietária de Tesouraria e Formador de Mercado Regional & Internacional.

Diretoria do BC

Além da indicação de Campos Neto, o plenário do Senado também aprovou as indicações de Bruno Serra Fernandes e João Manoel do Pinho Mello para a diretoria do Banco Central.

O nome de Fernandes foi aprovado por 51 votos a favor, 3 contra e uma abstenção.

Já Pinho Mello teve a indicação aprovada com 53 votos a favor, 3 contra e uma abstenção.