Maior parte dos recursos captados nos follow-ons foi para o caixa das empresas e será destinado a projetos de expansão e redução de endividamento

Por Maria Luíza Filgueiras — De São Paulo
27/09/2019 05h00 Atualizado há 3 horas

Com a precificação da oferta subsequente de ações (follow-on) da Ômega Geração esta semana, o mês de setembro soma R$ 3,62 bilhões levantados com esse tipo de operação. A maior parte dos recursos foi para o caixa das empresas e será destinado a projetos de expansão dos negócios e redução de endividamento. Para outubro, outros cinco “follow-ons” e três ofertas iniciais (IPOs) estão em preparação.

No mês, foram cinco follow-ons realizados e um cancelado. Além da companhia de energia, captaram recursos o Banco Pan, as incorporadoras Trisul e EzTec e a empresa de tecnologia Sinqia. Somente o Banco Pan teve também tranche secundária – o restante das operações foi primária. O Banrisul, que faria oferta secundária, acabou cancelando a operação por falta de demanda ao preço mínimo pedido pelo acionista vendedor.

Para o mês de outubro, outros cinco follow-ons estão engatados. O Banco do Brasil deve concluir a oferta secundária na terceira semana de outubro. Helbor, Lopes, Positivo e Cyrela Commercial Properties realizarão no mês que vem ofertas primárias.

A imobiliária Lopes (LPS Brasil) contratou os bancos Itaú BBA, BTG Pactual e Bradesco BBI. A companhia informou, em comunicado, que ainda avalia a oferta – mas uma fonte diz que a decisão de captação primária já foi tomada.

O BB também deu o passo que faltava para incluir a venda de ações em tesouraria no follow-on programado para o início de outubro. Em reunião extraordinária na quarta-feira, o conselho de administração do BB aprovou a venda de 64 milhões mantidas na tesouraria do banco na mesma operação de venda preparada pelo FI FGTS, gerido pela Caixa.

A Caixa já contratou os bancos coordenadores do follow-on há alguns meses para vender as ações do BB detidas pelo FI FGTS na terceira semana de outubro. Também devem compor a oferta ações do BB detidas pela União e que são excedentes ao número necessário de papéis para manter o controle da instituição.

Também em outubro terão prosseguimento três ofertas públicas iniciais – as varejistas Vivara e C&A e o banco BMG. A Iguá Saneamento, que também já protocolou pedido, avalia postergar a oferta por falta de consenso entre acionistas e investidores sobre o valor justo para a empresa.