As operadoras de saneamento básico no Brasil, representadas pela Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) e pela Abcon Sindcon, anunciaram um plano de investimento de R$ 100 bilhões em novos projetos, com o objetivo de alcançar a universalização do acesso a água potável e esgoto até 2033. No entanto, as entidades alertam que o aumento da carga tributária previsto na reforma tributária em tramitação no Congresso pode comprometer até 26% desses investimentos, dificultando o cumprimento das metas do setor. A matéria foi publicada pelo Valor Econômico. 

Os recursos previstos serão aplicados em expansão e modernização de infraestrutura, englobando áreas urbanas e remotas, além de fomentar práticas sustentáveis e maior eficiência operacional. Segundo as entidades, os investimentos também têm o potencial de gerar empregos e impulsionar a economia local.

Por outro lado, a previsão de aumento de tributos, como o IVA (Imposto sobre Valor Adicionado), pode impactar significativamente a capacidade das empresas de captar recursos e manter os custos acessíveis para a população. As operadoras reforçam a necessidade de um diálogo entre governo, setor privado e companhias públicas para alinhar estratégias e evitar retrocessos.

O setor de saneamento é um dos pilares do desenvolvimento social e ambiental no Brasil, e garantir a viabilidade econômica dos projetos é fundamental para melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros. As entidades defendem que a segurança jurídica e regulatória são essenciais para atrair novos investimentos e dar continuidade aos projetos em andamento.