Valor Econômico
15/12/2020

Por Lu Aiko Otta e Mariana Ribeiro

Dados não são completos, uma vez que 71 das 263 empresas não deram informações sobre dividendos, subvenções e aumentos de capital

Mesmo em meio a uma severa crise fiscal, os Estados fizeram repasse líquido de R$ 4,8 bilhões para suas empresas estatais em 2019. No período, as empresas pagaram R$ 1,6 bilhão em dividendos, ao mesmo tempo que receberam R$ 2 bilhões como reforço de capital e R$ 4,4 bilhões como subvenções. Os dados constam do relatório “As Empresas dos Estados Brasileiros”, divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Economia. O documento, que está em sua segunda edição anual, ressalva que os dados não são completos, uma vez que 71 das 263 empresas não deram informações sobre dividendos, subvenções e aumentos de capital

O relatório mostra que, em 2019, 154 estatais estaduais deram lucro, sendo 102 não dependentes do Tesouro estadual e 52 dependentes. Outras 93 registraram prejuízo, das quais 55 dependentes há 17 horas PUBLICIDADE e 38 não dependentes. Não foram recebidas informações sobre o resultado de 16 empresas.

Os maiores lucros foram vistos no setor de energia (R$ 6,1 bilhões), saneamento (R$ 3,9 bilhões), desenvolvimento (R$ 2 bilhões) e distribuição de gás (R$ 644 milhões). As empresas que apresentaram maior prejuízo foram as de gestão de ativos, com R$ 774 milhões.

Os dados mostram que quatro estatais pagaram participação em lucros e resultados, mesmo registrando prejuízos. São elas: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). Outras duas fizeram distribuição de resultados, mesmo sendo dependentes. São elas: Companhia de Engenharia Hídrica e Saneamento da Bahia (Cerb) e Instituto BRB de Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social.

Os Estados com maior número de empresas são o Distrito Federal, com 21, São Paulo (20) e Minas Gerais (18). Os com menor quantitativo são Mato Grosso do Sul, com três empresas, e Tocantins, com duas.