Essenciais no combate à pandemia, trabalhadores do saneamento básico reivindicam prioridade na vacinação

Em ofício enviado ao Ministério da Saúde, Aesbe defende a priorização de empregados das companhias estaduais de saneamento básico que atuam na área da operação e manutenção

Uma das formas mais eficazes de combater o coronavírus e a Covid-19 é lavar bem as mãos com água e sabão. Ainda após a vacinação, essa medida deve continuar a ser seguida com a mesma disciplina. Pensando na necessidade do suprimento de água à população, constata-se a importância do setor de saneamento básico no contexto de uma das maiores crise sanitárias da história.

Por esse motivo, a Associação Brasileira das Empresas de Saneamento Básico (Aesbe) defende e trabalha pela inclusão dos empregados das companhias estaduais de saneamento básico, em especial dos que atuam na área da operação e manutenção – por exercerem atividades que os expõem à contaminação –, nos grupos prioritários para vacinação. Essa categoria atua na linha de frente da operação e do atendimento à população e, por isso, é essencial para a manutenção dos serviços de saneamento básico, principalmente do abastecimento de água em tempos de pandemia.

Em ofício enviado ao Ministério da Sáude no mês de maio, a Aesbe pediu ao governo federal a revisão das regras no Plano Nacional de Imunização e destacou que o abastecimento de água figura como prestação de serviço essencial, conforme o inciso I do art. 10º da Lei nº 7.783/89. Nesse sentido, é de extrema importância a imunização prioritária desses profissionais que atuam no front do tratamento de água e esgoto.

“As equipes estão na rua mantendo operantes os sistemas de fornecimento de água e de tratamento de esgoto. A despeito dos riscos a que estão expostas, continuam assegurando que água boa e de qualidade chegue com regularidade à casa das famílias”, esclarece o apelo da Aesbe.

Providências que salvam

Desde o início da pandemia, as companhias estaduais de saneamento têm mantido, e até intensificado, o atendimento à população, tomando também outras medidas importantes para combater o coronavírus – como suspender os cortes no abastecimento por inadimplência e executar desinfecções químicas de áreas de risco próximas a hospitais, por exemplo. Além disso, têm investido na proteção e qualidade de vida de seus empregados, reforçando a aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs) e adotando o modelo de home office nas rotinas possíveis. 

Duas associadas já conseguiram que seus estados incluíssem seus funcionários nos grupos prioritários para vacinação. Os funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) que atuam em São Luís receberam, em 25 de maio, a primeira dose da vacina contra a Covid-19. A estimativa é de que cerca de 2 mil colaboradores da Caema sejam devidamente imunizados contra a Covid-19.

A Casal (Companhia de Saneamento de Alagoas) também conseguiu incluir seus funcionários no Plano Nacional de Imunização por meio de um ofício enviado à Prefeitura de Maceió solicitando que o órgão incluísse os seus trabalhadores no rol de público-alvo. A empresa defendeu que se enquadra nas categorias de construção civil e indústria, grupos incluídos pelo Ministério da Saúde no plano de vacinação.  No documento, a Casal alegou que “foi criada no âmbito do Executivo Estadual para construção e exploração de serviços de abastecimento de água e saneamento dos centros populacionais do estado.”

Vacinação no Brasil

Até o momento, 124 milhões de doses das vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas no Brasil. Com isso, 34 milhões de pessoas já receberam as duas doses do imunizante, o que representa 16,1% da população brasileira.

A vacinação é a principal forma de combater o coronavírus. Ela ajuda a reduzir o número de pessoas com sintomas da doença, de internações, de casos graves e de óbitos. Somente com a imunização de toda a população será possível reduzir a circulação do vírus e, assim, superar a pandemia. 

 

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