Valor Econômico
04/12/2020

Por Gabriel Vasconcelos

Governador em exercício do Rio informou que o preço da tarifa de água que vai contar no edital será de R$ 1,70 nos primeiros quatro anos da concessão

O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), informou nesta sexta-feira que o governo estadual e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) chegaram a um acordo cobre os termos do edital de concessão da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae). O documento, garantiu, será publicado no próximo dia 18 de dezembro.

Castro se reuniu com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, nesta sexta-feira e fez o anúncio durante entrevista coletiva, conjunta com o prefeito Marcelo Crivella (PSC), sobre medidas para o enfrentamento da nova onda de aumento de casos de covid-19 no Estado.

O governador definiu a negociação como “boa, mas dura” e disse que ambas as partes abriram mão de pontos em que insistiam para que o processo de concessão pudesse seguir.

Castro informou que o preço da tarifa de água que vai contar no edital será de R$ 1,70 nos primeiros quatro anos da concessão, sendo revisado para R$ 1,63 a partir do quinto ano de contrato. Ele disse que a estatal visava um valor maior de tarifa, o que não se concretizou.

Além disso, ele disse que a outorga mínima ficou em R$ 10,6 bilhões, conforme previsto. O governador em exercício disse que técnicos do banco gostariam de baixar o montante, mas que, no final, pesou o consenso de que outros processos similares ao da Cedae têm sido muito competitivos, com ágios consideráveis. Nesse contexto, disse, o governo entendeu que não teria por que diminuir o valor da outorga.

O governador informou que “a maior parte” do investimento previsto em infraestrutura pela empresa que assumir serviços da Cedae vai se concentrar nos primeiros 12 anos de contrato, o que teria “agradado muito” à equipe de governo.

“Os técnicos da Casa Civil entendem que esses são bons termos para o edital da Cedae. Sanamos as divergências com a dureza necessária dos dois lados. Não é porque a negociação é dura, que ela é ruim. Está será a maior concessão de saneamento básico do país”, disse.