O diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), Sérgio Gonçalves, foi um dos destaques do Painel 9 – Capacitação e Fortalecimento Institucional para o Saneamento Básico Resiliente ao Clima, realizado nesta quarta-feira (1) durante a Casa do Saneamento COP30. O debate contou ainda com Alexandre Motta, presidente interino da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Aparecido Hojaij, diretor Financeiro da Assemae. A moderação do foi feita por Carlos Henrique Moreira, que atua como substituto na direção do Departamento de Saúde Ambiental (Desam) da Funasa.
Em sua participação, Gonçalves ressaltou que o saneamento básico é um direito fundamental e um dos maiores desafios para o Brasil, especialmente diante dos impactos crescentes das mudanças climáticas.
“Garantir que todas as pessoas tenham acesso ao saneamento básico é condição indispensável para a saúde, a dignidade e a qualidade de vida da população. A ausência desse serviço gera enormes prejuízos, sobretudo para as comunidades mais vulneráveis, que são as primeiras a sentir os efeitos da falta de infraestrutura. Por isso, precisamos fortalecer nossas instituições, investir em capacitação e assegurar que a universalização do saneamento seja uma prioridade real e permanente”, afirmou.
O dirigente também enfatizou o papel estratégico das empresas associadas à Aesbe, responsáveis por atender milhões de brasileiros em todas as regiões do país, reforçando que o fortalecimento institucional e a capacitação técnica são caminhos essenciais para a resiliência climática no setor.
Lançamento do documento “Saneamento e mudança climática”
O ponto alto da participação da Aesbe na Casa do Saneamento será na quinta-feira (2), com o lançamento da terceira edição do relatório “Saneamento e mudança climática: Diretrizes aos prestadores de serviços de água e esgoto para o enfrentamento de eventos adversos”.
Resultado de quase dois anos de trabalho coordenado pela Aesbe, com contribuições de suas 18 associadas e mais de mil colaborações técnicas, o documento conta com a parceria da AESabesp, apoio do Fonplata e participação da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
As diretrizes apresentadas buscam oferecer orientações práticas para gestores de saneamento enfrentarem os efeitos de eventos extremos, como secas, enchentes e ondas de calor, contemplando desde a proteção de mananciais até a gestão eficiente de recursos hídricos e a adoção de novas tecnologias.
O painel de lançamento será realizado das 9h às 10h30 e reunirá o diretor executivo da Aesbe, Sérgio Gonçalves (Aesbe), Maria Aparecida Silva de Paula (AESabesp), Rémy Tao / Leo Gaborit (AFD), Carolina Vera (Fonplata), Adalberto Maluf (Ministério do Meio Ambiente), Patrícia Valéria Vaz Areal (Ministério das Cidades), Rainier Pedraça (Abes), Esmeraldo Pereira Santos (Assemae) e Christiane Dias (Abcon/Sindcon).
Com esse documento, a Aesbe consolida seu protagonismo na construção de soluções para um futuro hídrico sustentável e reforça a relevância do saneamento como eixo estruturante da agenda climática que será debatida na COP30.