Agência Brasil
15/06/2021

Por Lucas Pordeus León

Porto Velho, Belém, Teresina e Rio Branco têm os piores resultados

O Brasil apresentou uma ligeira melhora na cobertura de saneamento básico entre 2016 e 2019, segundo o ranking elaborado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, a ABES, e divulgado nesta terça-feira (15).

A pontuação média dos 1.670 municípios analisados cresceu 7,3% em quatro anos. Em 2016, as duas melhores categorias do ranking reuniram 14% dos municípios pesquisados. Em 2019, essa porcentagem chegou a 22%.

A pontuação do ranking é feita com base nos indicadores de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e coleta e destinação adequada de resíduos sólidos.

O presidente da ABES, Alceu Bittencourt, ressaltou que o avanço no setor se faz mesmo de forma lenta.

Pelo quarto ano seguido, Curitiba é a capital com melhor saneamento básico do país. Em seguida, vem Brasília, Goiânia e Belo Horizonte como as capitais mais bem pontuadas.

Na parte de baixo da tabela, estão Porto Velho, Belém, Teresina e Rio Branco, com os piores resultados.

Enquanto a capital do Paraná tem 100% da população atendida com abastecimento de água e tratamento de esgoto, a capital de Rondônia tem apenas 33% da população com serviço de abastecimento de água e 3% com tratamento de esgoto.

A pesquisa ainda identificou que quanto maior a cobertura de saneamento básico, menor é o número de internações por doenças relacionadas à falta de saneamento, como cólera, diarreia e infecções intestinais.

O Ranking do Saneamento Básico da ABES alcança apenas 30% dos municípios brasileiros. Um recorte que abrange quase 70% da população, sendo 47% da população nas regiões do Norte e Nordeste.

Ficam de fora do ranking 3,9 mil municípios que não divulgam um ou mais dos indicadores utilizados.

Edição: Sâmia Mendes/Adrielen Alves