Valor Econômico
27/11/2020

Por Alessandra Saraiva

Problemas atingem bairros na capital fluminense e no município de Nilópolis

Após notificação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e Defensoria Pública do Estado, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) informou a criação de gabinete de crise para tratar de falhas de abastecimento na rede atendida pela empresa ocorridas nas últimas semanas. A companhia, que passa atualmente por discussões sobre possibilidade de privatização, é concessionária de serviços de saneamento em 64 municípios fluminenses.

Em comunicado, a Cedae teve encontro ontem com integrantes do MPRJ e da Defensoria. O assunto foi a obra na Elevatória do Lameirão, no bairro de Santíssimo, zona oeste do Rio. A estrutura, uma elevatória subterrânea de água tratada, passa por serviços emergenciais, e isso, segundo a companhia, tem causado falta de água ou envio de água fora dos padrões exigidos. Os problemas atingem bairros na capital fluminense e no município de Nilópolis.

A empresa informou que, na ocasião do encontro, foram detalhadas as medidas adotadas para minimizar os impactos do abastecimento até que o reparo naquela unidade seja concluído. A Cedae se comprometeu, na reunião, a manter um canal aberto com os órgãos sobre o andamento do reparo.

A Cedae formalizou, ainda, a implantação de Gabinete de Crise para tratar especificamente de todos os assuntos relacionados ao serviço na Elevatória do Lameirão.

Em nota, o MPRJ detalhou que, nos últimos dias 17 e 25, e em conjunto com a Defensoria, enviou ofícios à Cedae solicitando esclarecimentos sobre informações enviadas aos dois órgãos via canais de ouvidoria, bem como notícias veiculadas pela Cedae e imprensa, a respeito das falhas de abastecimento. Além de falta de água, foram relatados fornecimento de água com cor de barro e mau cheiro, informou a instituição, em comunicado. O órgão ressaltou ainda que tais problemas ocorrem em cenário de pandemia, de acentuação dos casos de covid-19 – o que seria preocupante, no entendimento do MPRJ.