Por Taís Hirata – Valor Econômico
14/06/2019 – 13:57

SÃO PAULO – O secretário de Infraestrutura do Estado de São Paulo, Marcos Penido, sugeriu que a capitalização seria o modelo a ser adotado para a desestatização da Sabesp, ao menos em um primeiro momento.

“Não é que a privatização está descartada, mas a primeira visão é a questão da capitalização. A partir do momento em que se cria a holding, se aumenta a capacidade de investimento, ela passa a ser mais atrativa. Se capitaliza, se fortalece e, em um momento mais viável economicamente, mais vantajoso, se pode pensar nessa opção”, afirmou.

A conclusão dos estudos para uma eventual capitalização ainda aguarda a tramitação do projeto de lei que altera o marco legal do saneamento, diz ele. A depender do texto final, o grupo de trabalho formado para discutir o tema vai definir a modelagem. “Esse vai ser o grande balizador para modelagem, quanto seria o valor da capitalização.”

O secretário da Fazenda do Estado, Henrique Meirelles, afirmou em outras ocasiões que a capitalização da Sabesp poderia render R$ 5 bilhões — número considerado “factível”, segundo Penido.

O secretário disse ainda que o momento é oportuno para que a Sabesp passe a atuar no âmbito nacional. “A Sabesp capitalizada pode atuar não só no Estado de São Paulo como participar de licitações e levar essa expertise para o Brasil”, disse.

Ele defendeu a aprovação do novo marco do setor de saneamento, em tramitação no Congresso por meio de projeto de lei. “Ele permitirá que municípios possam se unir em blocos e que haja atratividade. Saneamento deve ser privado, e o novo marco apresenta novas oportunidades de investimento para que setor privado entre também nesse setor”, afirmou.