Brazil Water Week reúne diversos países para debater sobre água e seu uso nos mais diversos aspectos

Entre os dias 26 e 30 de outubro, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES promoveu, virtualmente, a Brazil Water Week (Semana da Água no Brasil).

O evento foi dividido em oito blocos temáticos, que inclui meio ambiente, mudanças climáticas, sustentabilidade, financiamento, gestão eficiente, entre outros que se integraram ao tema central:  o alcance ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável Água e Esgoto para todos até 2030 – ODS 6 da Organização das Nações Unidas (ONU). Em cinco dias, o evento contou com mais de 100 palestrantes, incluindo comunidade acadêmica, especialistas e organizações internacionais, de diversos países.

Participou da abertura o presidente da Sabesp e honorário do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga. Para ele nunca se falou tanto em saneamento e seu papel fundamental na saúde, qualidade de vida, preservação do meio ambiente e estímulo ao crescimento econômico como esse ano e que são necessárias políticas urbanas integradas para avanços no saneamento, a exemplo da ação de despoluição do Rio Pinheiros, fruto de uma ação entre a companhia estadual de água e esgoto e a prefeitura da capital.

O presidente da Aesbe e da Cagepa, Marcus Vinicius Fernandes Neves, participou de um debate sobre “Questões chaves para a busca da universalização dos serviços de saneamento”. Para ele, a sinergia necessária para universalização só acontece com um pacto nacional com a participação de todos os atores e operadores  público e privado e que é importante o equilíbrio entre os aspectos que devem sustentar a universalização que são o financeiro, social e operacional para se chegar ao objetivo previsto na lei. “Não há avanço só com recurso financeiro, se faz necessário que haja capacidade operacional, experiência neste setor e um olhar social de inclusão de todos os municípios. além da melhoria de eficiência. Além disso, só há investimento com segurança jurídica para que as empresas trabalhem com transparência e previsibilidade”, disse o presidente da Aesbe.

Marcus também enfatizou sua preocupação com as pequenas cidades, que podem ficar “esquecidas” com o novo marco do saneamento. “Das 36 milhões de pessoas desabastecidas, 22 milhões vivem na zona rural, sendo 12 milhões na região nordeste. Como a universalização chegará a esses lugares que não têm renda per capita nem de um salário mínimo por mês?”, questiona.  A respeito dos vetos e seus prejuízos ao marco do saneamento, Marcus espera que eles caiam porque representam uma afronta ao acordo discutido e garantido junto ao Congresso Nacionale a manutenção da continuidade e da soma dos esforços das empresas públicas para a busca da universalização.

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