Aesbe promove reunião conjunta de câmaras técnicas para discutir normas contábeis, sustentabilidade e capacitação no setor de saneamento

A Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) realizou, na manhã desta terça-feira (19), uma reunião conjunta entre a Câmara Técnica de Contabilidade e Finanças (CTCF), a Câmara Técnica de Gestão Ambiental e Mudança do Clima (CTGA) e a Câmara Técnica de Recursos para Investimentos e Finanças (CTRIF). O encontro, realizado de forma online, reuniu mais de 40 pessoas, entre dirigentes e especialistas das companhias associadas com o objetivo de debater os impactos das novas normas contábeis internacionais, os desafios da sustentabilidade no setor e as capacitações oferecidas pela Escola de Saneamento, fruto da parceria entre a Aesbe e a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

O Diretor Executivo da Aesbe, Sérgio Gonçalves, deu as boas-vindas aos participantes e destacou a importância do alinhamento entre as áreas contábil, financeira e ambiental diante da obrigatoriedade de implementação das normas IFRS S1 e S2, que passam a vigorar em janeiro de 2026. Segundo ele, os relatórios exigidos pelas normas impactam diretamente todas as áreas das companhias, devendo ser assinados por contadores e lidos por investidores, o que pode influenciar o risco de captação e o preço dos financiamentos.

Na sequência, aconteceu a apresentação de AntonioMiranda, que destacou o papel da Escola de Saneamento, iniciativa da Aesbe em parceria com a FESPSP, como instrumento de capacitação nacional. Ele explicou que a instituição oferecerá cursos estruturados em metodologias ativas e tecnologias inovadoras, com foco em realidade prática das companhias. O curso inicial terá carga horária de 60 horas, divididas entre aulas remotas, presenciais e desenvolvimento de pesquisas, e contará com certificação da FESPSP.

Segundo Miranda, a escola nasce com a proposta de oferecer formações sob medida para cada empresa, envolvendo 11 categorias de cursos, com o objetivo de preparar as prestadoras de serviços para atender às novas exigências regulatórias e de sustentabilidade. “Queremos criar uma escola de alcance nacional, com conteúdo técnico de alto nível, especialistas renomados e metodologias que tornem o aprendizado dinâmico e aplicável à realidade das companhias”, destacou.

Além disso, houve a apresentação da Fundace, realizada por Marcelo Botelho, diretor da instituição. Ele explicou o trabalho que deverá ser desenvolvido pelas prestadoras de saneamento, ressaltando que será necessário iniciar um diagnóstico em 2025 para garantir o reporte em 2027, com asseguração a partir de 2026. Botelho destacou ainda que a obrigação se estende a qualquer companhia que acesse o mercado de capitais e que o processo exige equipes multidisciplinares, indo além da atuação dos contadores.

Ao final, o Diretor Executivo da Aesbe reiterou que a função da entidade é organizar e orientar os associados diante das novas diretrizes, destacando a parceria com a Fundace, que também contribuirá com consultoria e capacitação. “Nosso compromisso é apoiar as companhias de saneamento para que todas estejam prontas a atender às exigências legais, regulatórias e de mercado, garantindo acesso a investimentos e sustentabilidade para o setor”, concluiu.

Compartilhe

Confira também nossas publicações

Veja todas nossas
edições anteriores

plugins premium WordPress