A Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) participou, nesta terça-feira (30), do lançamento da Casa do Saneamento, em Belém (PA). Idealizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o espaço foi concebido com apoio da Aesbe desde a fase inicial e será palco de discussões preparatórias para a COP30 e, também, ao longo do evento que será realizado de 10 a 21 de novembro, em Belém. Ao longo dos três dias de programação, a entidade estará presente em painéis estratégicos que tratam da relação entre saneamento, saúde, justiça climática e adaptação às mudanças climáticas.
Sobre a parceria com a Casa do Saneamento, o presidente da Aesbe e da Cesan, Munir Abud, ressalta a importância da cooperação multissetorial para garantir a efetividade do espaço. “A Casa do Saneamento é fruto de um esforço coletivo para dar visibilidade à relevância do saneamento na agenda climática. A Aesbe se orgulha de ser parceira desde a concepção da ideia e reafirma seu compromisso em contribuir para que o setor esteja preparado para enfrentar os desafios da crise ambiental e social que vivemos”, enfatiza.
Na estreia da programação, a o diretor executivo da Aesbe, Sérgio Gonçalves, diretor executivo da Aesbe, participou do Painel 1 – Desafios do saneamento básico diante da crise climática, moderado por Paula (IAS). O debate ainda contou Rodrigo Resende (Unicef), Ilana Ferreira (Abcon), Esmeraldo Pereira Santos (Assemae), Gustavo Méndez (BID) e Miguel Fernandez (Fonplata).
Durante sua intervenção, o diretor executivo da Aesbe, Sérgio Gonçalves, ressaltou o papel central do setor na agenda climática: “Se não tem água de qualidade, se não o afastamento do esgoto, não tem um tratamento, não tem a coleta do resíduo, isso mexe diretamente com a capacidade humana, dos direitos humanos, mas também reflete naquela tua potencialidade humana de desenvolver suas atividades pela ausência de um serviço”
Lançamento do documento “Saneamento e mudança climática”
O ponto alto da participação da Aesbe na Casa do Saneamento será na quinta-feira (2), com o lançamento da terceira edição do relatório “Saneamento e mudança climática: Diretrizes aos prestadores de serviços de água e esgoto para o enfrentamento de eventos adversos”.
Resultado de quase dois anos de trabalho coordenado pela Aesbe, com contribuições de suas 18 associadas e mais de mil colaborações técnicas, o documento conta com a parceria da AESabesp, apoio do Fonplata e participação da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
As diretrizes apresentadas buscam oferecer orientações práticas para gestores de saneamento enfrentarem os efeitos de eventos extremos, como secas, enchentes e ondas de calor, contemplando desde a proteção de mananciais até a gestão eficiente de recursos hídricos e a adoção de novas tecnologias.
O painel de lançamento será realizado das 9h às 10h30 e reunirá o diretor executivo da Aesbe, Sérgio Gonçalves (Aesbe), Maria Aparecida Silva de Paula (AESabesp), Rémy Tao / Leo Gaborit (AFD), Carolina Vera (Fonplata), Adalberto Maluf (Ministério do Meio Ambiente), Patrícia Valéria Vaz Areal (Ministério das Cidades), Rainier Pedraça (Abes), Esmeraldo Pereira Santos (Assemae) e Christiane Dias (Abcon/Sindcon).
Com esse documento, a Aesbe consolida seu protagonismo na construção de soluções para um futuro hídrico sustentável e reforça a relevância do saneamento como eixo estruturante da agenda climática que será debatida na COP30.


