A Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) participou, nesta segunda-feira (8), do evento “Saneamento pelo Clima: o novo capítulo da ação apósa COP30”, realizado na sede da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em São Paulo (SP). O encontro reuniu especialistas, parceiros estratégicos e representantes da delegação da Sabesp na COP30, com foco nos desafios e nas oportunidades do setor de saneamentodiante da agenda climática.
O diretor executivo da Aesbe, Sérgio Gonçalves, integrou a mesa de abertura do evento, ao lado de Christianne Dias Ferreira, presidente executiva da Abcon; Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil; e Juliana Deep, da Abes. A mesa debateu o papel estratégico do saneamento básico na mitigação das mudanças climáticas e na promoção do desenvolvimento sustentável.
Em sua participação, Sérgio Gonçalves destacou o perfildiverso das empresas associadas à Aesbe, que atualmentereúne 25 companhias regionais, incluindo empresas privadasque assumiram operações anteriormente públicas e permaneceram vinculadas à Associação, como Sabesp, Equatorial, BRK, Saneatins e Aegea Corsan. Segundo ele, esse conjunto de empresas enfrenta desafios significativos, especialmente relacionados à ampliação do acesso aoesgotamento sanitário no país.
O diretor executivo ressaltou ainda que a expansão das redesde esgotamento sanitário está diretamente ligada à agenda climática, uma vez que a coleta e o tratamento adequados dos esgotos contribuem para a redução de impactos ambientais e de emissões de gases.
“Hoje nós temos 25 empresas regionais associadas. Dentro dessas 25, temos associadas privadas queadquiriram empresas que eram públicas antigamente e permaneceram vinculadas à Aesbe.
Nessa conversa sobre os desafios, que não são poucos, destaco principalmente a questão do aumento do acessoao sistema de esgotamento sanitário. Na nossanecessidade cada vez maior de ampliar redes e realizarligações, temos debatido internamente na Aesbe que, quanto mais se faz rede, capta e retira o esgoto da natureza, menores são os problemas relacionados à emissão de gases”, afirmou.
O evento teve como objetivo apresentar a Estratégia Climáticada Sabesp, com diretrizes voltadas à descarbonização, adaptação e inovação; compartilhar os principais aprendizadosobtidos na Vila das Águas; estimular o diálogo colaborativoentre especialistas e convidados sobre tendências e desafiosdo setor; além de identificar caminhos de atuação conjuntapara fortalecer a transição climática, a resiliência hídrica e o desenvolvimento sustentável em São Paulo e no Brasil.
Durante a programação, o encontro ainda abordou a EstratégiaClimática da Sabesp, com contribuições do Coopera Clima, Waycarbon e da própria Sabesp, destacando iniciativas de descarbonização e adaptação climática. Além disso, ocorreuuma apresentação de uma pesquisa com insights da delegaçãoe convidados da Vila das Águas, conduzida pela Mondoré, seguida de uma mesa redonda com todos os participantes. Encerrando o evento, a terceira parte tratou das oportunidadespara o setor de saneamento nos eixos de descarbonização, circularidade e adaptação, com participação do ICS.


