No ano da COP30, a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) lançou, nesta quarta-feira (28), durante o 33º Congresso da Abes e a Fintabes 2025, o documento “Agenda de Políticas Públicas sobre Mudança Climática para o Setor de Saneamento”. A publicação integra a série Universalizar – Documentos, volume 9, e representa um passo estratégico na articulação entre saneamento e a agenda climática nacional. Acesse o documento no site da Aesbe.
O secretário executivo da Aesbe, Sérgio Gonçalves participou da apresentação do documento que foi conduzido pela consultora líder do projeto, Beatriz Azevedo, advogada especialista em Políticas Públicas e Mudanças Climáticas. Também participaram como consultores técnicos Antonio da Costa Miranda Neto, engenheiro especialista em gestão de serviços de saneamento, e Amanda Ribeiro Beserra, engenheira química.
Além dos consultores, a coordenação do trabalho tambémfoi realizada pela Câmara Técnica de Gestão Ambiental e Mudança do Clima (CTGA) da Aesbe, liderada por Camila Roncato, coordenadora da CTGA e superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) e por Romildo Lopes, secretário da CTGA e coordenador de Políticas Ambientais da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Além do Grupo de Trabalho de Mudança do Clima e COP30 que teve como participantes Paulo Henrique Pereira Reis, gerente de Responsabilidade Socioambiental da Companhia de águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e Ana Lucia Fonseca Rodrigues Szajubok, gerente de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A construção da agenda envolveu um amplo diagnóstico das ações climáticas desenvolvidas por empresas associadas à Aesbe, além do mapeamento e análise de 24 políticas públicas federais com interface relevante com o setor de saneamento. Dentre elas, foram priorizadas nove políticas fundamentais para alinhar as estratégias das empresas às diretrizes nacionais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
A publicação reforça o papel do setor de água e esgoto no enfrentamento à crise climática, abordando temas como a produção de biogás, o reaproveitamento de lodo, o reuso de água e as Soluções Baseadas na Natureza (SBNs). A agenda também aponta ações estruturantes e oportunidades de financiamento e inovação tecnológica, alinhadas a políticas como o Plano Clima, o Fundo Clima, o Plano de Transformação Ecológica e a Taxonomia Sustentável.
A iniciativa destaca ainda a importância da participação das empresas associadas na COP30, que será realizada em 2025 no Brasil, como oportunidade de projeção internacional do protagonismo do setor de saneamento na agenda ambiental.