A Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizaram, nesta quinta-feira (16), em Brasília (DF), o seminário “Saneamento, Economia e Mudança Climática”, um encontro estratégico que integra a agenda nacional de debates preparatórios para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada em Belém (PA). O evento ocorreu no Auditório Interno da Fiocruz de Brasília, localizado no 1º andar do Bloco Educacional do Campus Universitário Darcy Ribeiro, na Avenida L3 Norte, Gleba A, reunindo gestores públicos, pesquisadores e especialistas do setor para discutir o papel do saneamento básico diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, bem como as oportunidades de financiamento, inovação tecnológica e políticas públicas voltadas à universalização dos serviços de água e esgoto no Brasil.
A programação foi dividida em duas mesas-redondas. Pela manhã, o tema em debate foi “Privatização, Financiamento e Universalização do Saneamento Básico no Brasil”. A mesa contou com a participação do diretor executivo da Aesbe, Sérgio Gonçalves; Emilio Chernavsky, servidor público federal da carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG); Clarice Melamed, pesquisadora titular da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz); Antonio Apolinário Rebelo Figueirêdo, diretor da Adasa; e Adauto Santos do Espírito Santo, engenheiro civil e consultor da Aesbe. O debate abordou as estratégias de financiamento e regulação do setor, a atuação de agentes públicos e privados e os caminhos para garantir a universalização do saneamento no país, conforme as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento.
No período da tarde, ocorreu a mesa-redonda “Desastres, Inovação e Ações de Mitigação de Mudanças Climáticas”. Participaram do painel Alesi Mendes, pesquisador do IPEA; Carlo Renan Caceres de Brites, gerente de Gestão Ambiental Corporativa da Superintendência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Caesb; Débora Cynamon Kligerman, pesquisadora titular da DSSA/ENSP/Fiocruz, que coordenou a mesa; Daniel Richard Sant’Ana, professor associado da Universidade de Brasília (UnB), líder do Laboratório de Pesquisa Água Ambiente Construído e editor-chefe do periódico Paranoá; e Salomar Mafaldo, coordenador-geral de Cidades Sustentáveis do Departamento de Meio Ambiente Urbano. As discussões abordaram a relação entre infraestrutura de saneamento, gestão de riscos climáticos e inovação tecnológica, com foco em práticas de mitigação de desastres ambientais e estratégias para o fortalecimento de cidades mais resilientes.
O seminário “Saneamento, Economia e Mudança Climática” faz parte da mobilização nacional rumo à COP30, reforçando o papel estratégico do saneamento básico na adaptação climática, na promoção da saúde pública e na construção de cidades mais sustentáveis e inclusivas. Ao reunir representantes de instituições de pesquisa, empresas públicas, órgãos reguladores e especialistas, o encontro reafirmou a importância da cooperação entre ciência, governo e sociedade para enfrentar os desafios da crise climática e avançar na construção de um futuro mais justo e equilibrado para o Brasil.
