O terceiro e último dia do Seminário Nacional Universalizar – Aesbe 41 anos consolidou o debate sobre os caminhos para universalizar o saneamento no Brasil com justiça climática, reforçando a importância de integrar comunicação, inovação, eficiência operacional e economia circular em um cenário pós-COP30. Reunindo participantes das 25 associadas da Aesbe, especialistas, representantes do poder público e de instituições parceiras, a programação manteve o foco em soluções práticas para tornar os serviços de água e esgoto mais resilientes, inclusivos e sustentáveis.
A manhã começou com o Talk Show “É Básico: Comunicação e propósito no saneamento Pós-COP30”, moderado por Rhayana Araújo, gerente de Comunicação da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe). Participaram do debate Leonardo Costa, coordenador da Câmara Técnica de Comunicação da Aesbe; Luana Nunes, chefe da Unidade de Comunicação da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa); Denise Ribeiro, gerente de Comunicação da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae); Desiery Marchini, coordenadora de Comunicação da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan); Gabriela Mendonça, gerente executiva de Comunicação da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan); e Cintia Torquetto, gerente de Relações Institucionais e Comunicação do Instituto Trata Brasil.
Em um formato dinâmico, baseado em rodadas de perguntas e respostas, o grupo discutiu como a comunicação pode fortalecer o propósito do saneamento, ampliar o engajamento social e posicionar o setor dentro da agenda climática global, especialmente após a realização da COP30 no Brasil.
Em seguida, o seminário prosseguiu com o Momento Sustentabilidade “O Saneamento e as Mudanças Climáticas: Cases de Sucesso Aegea”, conduzido por Rogério Tavares, vice-presidente de Relações Institucionais da Aegea Saneamento. O palestrante apresentou iniciativas que mostram o papel estratégico do saneamento na adaptação climática, na mitigação de emissões e na eficiência energética, reforçando que práticas sustentáveis têm impacto direto na resiliência dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Após o intervalo, teve início o Painel 7, intitulado “Inovação no Saneamento: eficiência e produtividade”, mediado por Luiz Cavalcante Peixoto Neto, presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e presidente do Conselho Fiscal da Aesbe. O painel reuniu Sérgio Lemos, diretor de Engenharia da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb); Ana Beatriz Moraes, gerente de Inovação da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae); Cailiny Darley de Menezes Medeiros, secretária da Câmara Técnica de Inovação da Aesbe e vencedora da Categoria Inovação do I Prêmio Nacional Universalizar; e Eduardo Pedroza da Cunha Lima, gerente de Novos Negócios da GS Inima Industrial. As discussões destacaram a importância da transformação digital, da gestão inteligente de ativos, da automação de processos e do estímulo à inovação aberta para elevar a produtividade e otimizar recursos, evidenciando que inovação vai além da tecnologia: envolve cultura, gestão e novos modelos de operação.
Finalizando o evento, ocorreu o Painel 8, “Meio Ambiente e Economia Circular: o futuro do saneamento sustentável”, sob a mediação de Sérgio Gonçalves, diretor executivo da Aesbe. Participaram Samara Silva Silveira, coordenadora de Responsabilidade Social da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e vencedora da Categoria Meio Ambiente do I Prêmio Nacional Universalizar, e Camila Roncato, coordenadora da Câmara Técnica de Gestão Ambiental e Mudança do Clima da Aesbe e superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago).
As palestrantes compartilharam experiências relacionadas à economia circular, reaproveitamento de resíduos, proteção de mananciais, responsabilidade socioambiental e estratégias de adaptação às mudanças climáticas. O painel reforçou a centralidade do saneamento para o cumprimento das metas ambientais e climáticas do país, especialmente no contexto de justiça climática.
A programação final continua à noite, com um momento de celebração institucional. A partir das 19h, acontece a Cerimônia de entrega do II Prêmio Nacional Universalizar e a comemoração dos 41 anos da Aesbe. O evento inicia com a premiação dos destaques nacionais em inovação, meio ambiente, regulação, comunicação e eficiência. Às 21h, a Diretoria da Aesbe realiza suas falas de encerramento, marcando a finalização oficial do seminário. A celebração segue com apresentações culturais: às 21h30, show da banda Biquini Cavadão, e, às 23h40, show da banda Rock Beats, que embalam o público até as 2 horas da manhã.
Com três dias de programação e a participação de autoridades, gestores, técnicos, pesquisadores e parceiros institucionais, o Seminário Nacional Universalizar – Aesbe 41 anos reafirma seu papel como um dos principais espaços de articulação e troca de experiências do setor. Em 2025, ao discutir “Universalizar com Justiça Climática – o Brasil pós-COP30”, o evento reforça o compromisso das empresas associadas à Aesbe com a construção de um país mais justo, resiliente e sustentável, onde a universalização dos serviços seja alcançada com eficiência, responsabilidade social e adaptação aos desafios climáticos que já se impõem ao país.


