Aesbe lança terceira edição do relatório “Saneamento e Mudança Climática” durante a Casa do Saneamento para a COP30

Nesta quinta-feira (2), a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) lançou a terceira edição do relatório “Saneamento e Mudança Climática: Diretrizes aos prestadores de serviços de água e esgoto para o enfrentamento de eventos adversos” na Casa do Saneamento para a COP30, em Belém (PA).

O evento reuniu representantes de diversas entidades e parceiros internacionais em um painel moderado por José Antônio (Funasa). Representando a Aesbe, participaram Marcos Aurélio Freitas, vice-presidente Nacional da Aesbe, e Sérgio Gonçalves, diretor executivo da Aesbe, que ressaltaram o protagonismo das empresas estaduais de saneamento frente ao desafio da mudança climática. Também participaram do debate Alexandre Mota, presidente da Funasa, Maria Aparecida Silva de Paula (AESabesp), Rémy Tao e Leo Gaborit (AFD), Carolina Vera (Fonplata), Valdinei Mendes da Silva (ABES), Esmeraldo Pereira Santos (ASSEMAE) e Romário Júnior (Abcon).

Na abertura, Marcos Aurélio Freitas destacou que o documento reflete o compromisso coletivo do setor: “Este relatório é fruto de um esforço conjunto, que contou com a dedicação das 18 associadas da Aesbe e o envolvimento de mais de mil contribuições técnicas. O saneamento, muitas vezes visto apenas como um serviço básico, precisa ser reconhecido também como uma política estratégica diante da mudança climática. Ao oferecer diretrizes claras para o enfrentamento de eventos extremos, mostramos que as companhias estão preparadas para assumir a liderança na construção de soluções resilientes e sustentáveis, capazes de proteger vidas e garantir a segurança hídrica das futuras gerações.”

Em seguida, Sérgio Gonçalves ressaltou a relevância da publicação como ferramenta prática para gestores e autoridades. “O lançamento desta terceira edição consolida a Aesbe como referência nacional no diálogo entre saneamento e mudança climática. Este é um instrumento de gestão, que dá condições aos prestadores de serviços de planejar melhor, investir com responsabilidade e inovar para enfrentar cenários cada vez mais desafiadores. Ao lado de nossos parceiros institucionais e internacionais, reafirmamos que o saneamento deve ocupar lugar central nas discussões climáticas e será um dos eixos estruturantes da agenda da COP30, que terá o Brasil como anfitrião. Esse é um legado que estamos construindo juntos.”

Sobre o documento

O relatório, elaborado pela Aesbe com base em um levantamento feito junto às suas 18 associadas, consolida mais de 1.100 registros e abrange todas as regiões do Brasil. Ele apresenta diretrizes práticas para que os prestadores de serviços de água e esgoto se preparem para enfrentar os impactos da mudança climática, abordando tanto medidas preventivas quanto emergenciais.

Entre os principais objetivos do trabalho estão: identificar os efeitos de eventos extremos – como cheias, estiagens prolongadas, aumento de chuvas e elevação de temperaturas – nas operações de abastecimento de água e esgotamento sanitário; analisar vulnerabilidades das infraestruturas críticas; elaborar medidas preventivas, corretivas e emergenciais; propor critérios técnicos para revisão e adequação de projetos e obras, visando à construção de sistemas mais resilientes; estimular o desenvolvimento de planos de contingência; e propor estratégias específicas para populações rurais e comunidades em maior situação de vulnerabilidade.

O documento também destaca a necessidade de protocolos de atuação conjunta com outros setores do saneamento, a identificação de equipamentos e metodologias que permitam restabelecer rapidamente as operações em caso de crises, e o estímulo à troca de experiências entre as companhias associadas.

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