O primeiro dia do 3º Encontro Nacional de Ouvidores de Saneamento reuniu, nesta quinta-feira (25), no Hotel Deville Prime, em Campo Grande (MS), especialistas, gestores e autoridades para debater os desafios e as oportunidades das ouvidorias diante das inovações tecnológicas e das mudanças climáticas. Acesse as fotos aqui.
O evento é promovido pela Associação Br asileira das Empresas Estaduais de Saneamento Básico, com apoio da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) e organização da Câmara Técnica de Ouvidoria (CTO) da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento Básico (Aesbe).
A cerimônia de abertura contou com a presença do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; do vice-governador e ex-presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento Básico, José Carlos Barbosa (Barbosinha); do presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento Básico e da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Munir Abud; e do presidente da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul, Renato Marcílio, além de outras autoridades ligadas ao setor.
“O saneamento impõe muitos desafios, e o maior de todos eles é a universalização: a entrega de obras que, inevitavelmente, trazem alguns transtornos à população. Então, estar aqui hoje é um sinal de respeito à posição que cada um de vocês ocupa como ouvidores nas companhias de saneamento”, destacou Munir Abud, presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento Básico e da Companhia Espírito Santense de Saneamento.
O vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha)ressaltou a importância da escuta ativa: “O ouvidor é aquele que tem a sensibilidade de tratar aquilo que o outro está dizendo. Todo mundo quer aprender a falar, mas poucos querem aprender a ouvir. Ouvir é fundamental. Vivemos em um mundo de rapidez e tecnologia, em que as pessoas não têm tempo para escutar. Este encontro, que reúne representantes de 23 estados da federação, mostra a sensibilidade de poder ouvir.”
Na mesma linha, o presidente da Sanesul, Renato Marcílio, reforçou:
“Prestigiar a ouvidoria é uma demonstração de apreço aos consumidores, uma forma de respeito ao cidadão e tambémuma sinalização de aprimoramento das políticas públicas. Nosso evento é um exercício de cidadania, aberto ao diálogo, à escuta ativa e tendo como protagonistas os nossos ouvidores.”
A programação técnica foi aberta com a palestra magna da jornalista, advogada e ambientalista Rosana Jatobá, que trouxe reflexões sobre sustentabilidade e a Agenda ESG, destacando o papel das empresas de saneamento na adoção de práticas responsáveis e alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Na sequência, ocorreu o Painel 1 – O foco da alta gestão, moderado por Eduardo Romualdo Soares, ouvidor da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal(Caesb). O debate contou com a participação de Munir Abud, presidente da Cesan e da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento Básico; Sérgio Gonçalves, diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento Básico; e Grazielle Borges, secretária-geral da Caesb. O grupo discutiu a importância das ouvidorias no relacionamento com os usuários e no apoio à alta gestão na formulação de políticas estratégicas para as companhias de saneamento.
À tarde, a sessão especial “Herança e horizonte: ouvidorias entre a história e a inovação” foi conduzida por Eveline Martins Brito, secretária-executiva da Controladoria-Geral da União (CGU), que apresentou uma análise sobre a trajetória das ouvidorias no Brasil e os caminhos para fortalecer a inovação e a transparência no setor público.
O Painel 2 – Ouvidorias e a agenda climática: sustentabilidade em foco foi moderado por Leopoldo Godoy do Espírito Santo, diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul. Participaram como palestrantes Artur Henrique Leite Falcette, secretário-executivo do Meio Ambiente; Fernanda da Silveira Campos, representante da Ouvidoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e André Almagro, pesquisador da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). O debate tratou da interface entre sustentabilidade, clima e ouvidorias, reforçando o papel estratégico dessas áreas na promoção de práticas socioambientais mais conscientes.
Encerrando a programação técnica, o Painel 3 – Ouvidorias em destaque: experiências que fazem a diferença foi moderado por Frederico Estrela, assessor da Presidência da Caesb. O painel contou com a participação de Cláudio Freire, ouvidor do Banco do Nordeste; Gislene Melo, gerente de Ouvidoria do Banco do Brasil; e Rafael Teixeira, representante da A5 Solutions, patrocinadora do evento. Foram apresentadas experiências inovadoras que fortalecem a escuta ativa, a modernização das ferramentas de atendimento e a geração de valor para os usuários.
A programação do 3º Encontro Nacional de Ouvidores de Saneamento continua nesta sexta-feira (26), a partir das 8h30, com novos painéis e debates sobre o futuro das ouvidorias e sua contribuição para um setor de saneamento mais eficiente, transparente e sustentável.
