A Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) realizou, nesta segunda (15) e terça (16), a reunião presencial da Câmara Técnica de Logística e Suprimentos (CTLS), sediada pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), em São Paulo. O encontro reuniu representantes de companhias associadas de saneamento, fornecedores e especialistas para debater boas práticas, inovação e desafios relacionados à gestão de suprimentos no setor.
No primeiro dia, os participantes realizaram uma visita técnica à fábrica da Mexichem/Amanco, ampliando a troca de experiências sobre processos produtivos e insumos essenciais para o saneamento. Já no segundo dia, a programação foi dedicada a apresentações técnicas e à exposição de cases de sucesso.
Na ocasião, foram abordados temas ligados aos grupos de trabalho da CTLS, às práticas da indústria química e às inovações de fornecedores de tubos e conexões de PEAD. As companhias também compartilharam experiências: a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) apresentou estratégias de aquisições eficientes; a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) destacou avanços no cadastro de fornecedores; a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) trouxe reflexões sobre processos de importação; e a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) abordou os desafios logísticos enfrentados em sua operação.
Durante o evento, a CTLS destacou a importância da parceria com a Abiquim e ressaltou o papel estratégico da indústria química para o setor de saneamento. Segundo dados apresentados, a indústria responde por 14% do PIB industrial brasileiro, gera cerca de 2 milhões de empregos e possui programas de referência internacional, como o SASMAC e o Proquímica, voltados para segurança, saúde, meio ambiente e atendimento emergencial.
Além disso, a reunião também trouxe debates sobre a qualificação de materiais, a padronização de processos de aquisição, a eficiência logística e a aplicação de novas tecnologias em conexões e soldagem de tubos. Os participantes enfatizaram a necessidade de ampliar a cooperação entre as companhias para reduzir custos, melhorar a qualidade dos insumos e fortalecer o desenvolvimento tecnológico nacional, com foco na autonomia produtiva e na sustentabilidade.
Para a Aesbe, a CTLS reafirma-se como um espaço essencial para a troca de experiências e construção de soluções conjuntas. Durante as apresentações, foi destacado que o saneamento é um setor estratégico que movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano no Brasil, e que buscar eficiência em logística e suprimentos significa garantir melhores serviços à população e contribuir para a universalização do saneamento.
O encontro encerrou-se com a definição de novos grupos de trabalho e o compromisso de manter a agenda de debates e parcerias entre as companhias associadas e a indústria.


