Valor Econômico
18/05/202

Por Taís Hirata

Companhia está elaborando uma política de estratégia para sua expansão

Após abrir mão de uma participação no consórcio vencedor da Iguá, no leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), a Sabesp afirmou que ainda tem interesse em novos leilões pelo país. A companhia, porém, está elaborando uma política de estratégia para sua expansão, que ainda terá que passar pelo Conselho de Administração, afirmou o diretor financeiro da companhia, Rui Affonso, em teleconferência, nesta terça-feira.

“A Sabesp continua avaliando oportunidades decorrentes do marco regulatório para participar eventualmente dos leilões de saneamento no Brasil, que possam ensejar oportunidades vantajosas para a Sabesp, vamos avaliar. Não há acordo de exclusividade com qualquer operador ou investidor”, disse ele.

“Em relação a próximos ativos em estudo pela Sabesp, estamos em processo de estabelecimento de uma política de estratégia para avançar nessa questão das oportunidades que estão vindo em relação ao novo marco. Então, no momento, ainda não temos definição precisa, mas estamos trabalhando para rapidamente ter essa política, para aprovação no nosso conselho de administração”, completou o presidente, Benedito Braga.

Em relação à Cedae, os executivos reafirmaram que a Sabesp detinha opção de integrar o consórcio vencedor do Bloco 2 no leilão da Cedae, com posição minoritária. “No entanto, após a confirmação da vitória, nós analisamos os termos finais do leilão e decidimos não exercer essa opção”, disse Affonso.

O processo de formação de blocos regionais em São Paulo — uma exigência da nova lei do saneamento — já está em curso e prevê um lote apenas para os municípios onde a Sabesp já atua, explicou Affonso.

A proposta de regionalização do Estado foi encaminhado à Assembleia Legislativa no dia 21 de abril e propõe a divisão em quatro unidades regionais, sendo uma delas, a Sudeste, composta pelas cidades que têm contratos assinados com a Sabesp.

A companhia acompanha a tramitação do projeto em regime de urgência para atender aos prazos da lei do saneamento, que se encerra no dia 15 de julho de 2021 [para a formação dos blocos regionais]. Atualmente há 12 propostas de emenda, uma delas é um questionamento sobre a formação de unidades, devido ao fato de a proposta não estar aderente aos limites das bacias hidrográficas”, explicou o diretor.