Segundo dia do Seminário Nacional Aesbe 39 Anos promove debates sobre ESG, cenários macroeconômicos e PPPs

Os painéis do segundo dia de programação do evento, realizado no CICB em Brasília, exploraram as tendências emergentes e estratégias para a universalização do saneamento, com foco em soluções inovadoras e colaborativas para os desafios atuais e futuros no setor

 

Por Michelle Dioum, com supervisão de Rhayana Araújo

O segundo dia do Seminário Nacional Aesbe 39 anos, realizado no renomado Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) em Brasília, destacou-se por uma sequência de painéis altamente informativos, onde se desenvolveram discussões construtivas acerca do futuro do saneamento. Este evento, amplamente reconhecido como uma plataforma líder de pensamento no setor, reuniu uma notável congregação de especialistas e líderes, dedicados a abordar e analisar temas essenciais e contemporâneos que desafiam e orientam o futuro do saneamento no Brasil.

O dia iniciou-se com o painel intitulado “Cenários Macroeconômicos e Saneamento Básico”. A moderação foi realizada por Solange Monteiro, editora da Revista Conjuntura Econômica da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este painel contou com a participação de Neuri Freitas, presidente da Aesbe e da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece); Silvia Matos, pesquisadora e coordenadora do Boletim Macro da Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE); e Matheus Stivali, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os debates centraram-se na influência das variáveis econômicas no setor de saneamento, um assunto de extrema importância devido à sua complexidade e à necessidade de investimentos significativos.

Prosseguindo com a agenda do evento, o segundo painel focou na “Agenda ESG (Environmental, Social, and Governance) no setor de saneamento”. Sob a moderação de Edson Moritz Martins da Silva, presidente da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), o painel abordou práticas sustentáveis e responsáveis dentro do setor. As contribuições foram marcantes, especialmente de Ricardo Soavinski, vice-presidente da Aesbe e presidente da Saneamento de Goiás S/A (Saneago); Paula Pollini, representante do Instituto Água e Saneamento; e Rafael Castilho, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

No terceiro painel, o foco recaiu sobre um dos temas mais críticos do seminário: “Alternativas de financiamento para a universalização do setor de saneamento”. Com a moderação de Roberto Sergio Linhares, presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), os especialistas trouxeram luz a questões fundamentais. Marcelo Trindade Miterhor, economista da Diretoria de Infraestrutura e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Carlos Antônio Vieira Fernandes, presidente da Caixa Econômica Federal; e Emiliano Estevão da Paz Portela, superintendente de Negócios com Empresas e Governo do Banco do Nordeste, compartilharam perspectivas valiosas sobre as variadas fontes de financiamento disponíveis e estratégias eficientes para a sua aplicação.

No quarto painel, a atenção foi direcionada para a “Pesquisa como Instrumento para a Universalização do Saneamento”. Marcus Vinicius Fernandes Neves, presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), atuou como moderador, conduzindo uma discussão enriquecedora com Marcos Aurélio Freitas, presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) e membro do Conselho Fiscal da Aesbe; Rudinei Toneto Jr., professor titular do Departamento de Economia na Universidade de São Paulo; e Elcires Pimenta, coordenador de Projetos da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). O foco do debate foi em como a pesquisa pode efetivamente influenciar políticas e práticas para promover a universalização do saneamento de forma mais ágil.

O Espaço Enorsul ofereceu um interlúdio interessante, com a apresentação de Waldecir Colombini, diretor Comercial da Enorsul, e Matheus Candolo, gestor de Contratos da Enorsul, sobre “Contratos de Performance”. Esta apresentação destacou as soluções inovadoras para enfrentar os desafios impostos pelo Marco Regulatório do setor de saneamento.

No penúltimo painel do dia, Samanta Takimi, presidente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), moderou a discussão sobre “Parcerias Público-Privadas (PPPs) como Instrumentos para a Universalização do Saneamento”. Neuri Freitas, presidente da Aesbe e da Cagece; Munir Abud, vice-presidente Regional Sudeste da Aesbe e presidente da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan); Leonardo Góes, presidente da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa); e Renato Marcílio da Silva, presidente da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), compartilharam suas experiências e perspectivas sobre como estruturar e implementar essas parcerias estratégicas.

Para encerrar a programação do segundo dia, Munir Abud liderou um painel sobre “Os Decretos, a Regionalização e a Regulação do setor”. Wladimir Ribeiro, sócio da Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques – Sociedade de Advogados, e Fernando Vernalha, sócio-fundador do Escritório Vernalha Pereira Advogados, ofereceram insights valiosos sobre o impacto da legislação e da regulamentação no setor de saneamento.

O segundo dia do Seminário Nacional Aesbe 39 anos concluiu-se com uma sessão de networking, proporcionando aos participantes um espaço valioso para conexões e diálogos enriquecedores. Este momento de interação possibilitou um aprofundamento nas discussões dos painéis do dia, além de fomentar colaborações futuras entre os profissionais do setor.

O Seminário Nacional Aesbe 39 anos prossegue até sexta-feira (1) no prestigiado CICB, consolidando-se como um evento fundamental para profissionais e entusiastas do setor de saneamento. A Aesbe, ao promover um ambiente de troca de conhecimentos e experiências, não só celebra seus 39 anos de realizações, mas também se posiciona na vanguarda da discussão sobre os desafios e oportunidades do saneamento no atual cenário global, marcado por rápidas mudanças e desafios emergentes.

 

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