A iniciativa liderada pelo deputado Joseildo Ramos (PT-BA), denominada Frente Parlamentar Mista em Defesa do Saneamento Público, congrega deputados e senadores em prol do saneamento nacional. Para assistir o lançamento, Clique AQUI
Por Michelle Dioum, com supervisão de Rhayana Araújo
O secretário executivo da Aesbe, Sergio Antonio Gonçalves, participou do lançamento da Frente Parlamentar Mista em defesa do Saneamento Público, nessa terça-feira (15), na Câmara dos Deputados. Presidida pelo deputado Joseildo Ramos (PT-BA), a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Saneamento Público reúne deputados e senadores e tem o objetivo de fomentar debates e sugerir refinamentos na legislação vigente, bem como de advogar pela expansão dos serviços de saneamento básico a todas as regiões do Brasil, sejam elas urbanas ou rurais.
Com o lançamento da Frente, os parlamentares envolvidos estão comprometidos em reforçar o papel e a atuação de empresas públicas de saneamento, com especial foco nas áreas habitadas por populações mais vulneráveis.
Em sua participação, o secretário executivo da Aesbe discorreu sobre alguns indicadores das pesquisas realizadas no setor. “Agradeço, em nome da Aesbe, e cumprimento os parlamentares presentes. Aproveito para salientar a importância de cumprimentar as mulheres deputadas, em nome da deputada Erika Kokay, e todas as mulheres que desempenham um papel fundamental na vida, de forma geral. Ressalto, contudo, que, pela ausência do saneamento, são elas as que mais sofrem, conforme indicam todas as pesquisas realizadas por institutos especializados. Trago também o cumprimento do presidente da Aesbe, Neuri Freitas, que também preside a Cagece, e do vice-presidente da Aesbe e presidente da Saneago, Ricardo Soavinski. Em nome da entidade e desses dois líderes que dirigem a nossa instituição, que completará 39 anos no final deste ano e que possui associados com um pouco mais de 50 anos de história”, pontuou.
Sergio Antonio Gonçalves destacou ser fundamental o mapeamento da ausência do saneamento no Brasil, com o objetivo de impulsionar a implementação de políticas públicas eficazes e que atendam quem mais precisa dos serviços.
“Estamos diante de desafios enormes, uma realidade tão vasta quanto o nosso país. Há uma carência significativa de saneamento, que é uma condição enfrentada por quase 4 bilhões de pessoas no mundo, e o Brasil, infelizmente, não é exceção. É essencial compreender onde essa ausência de saneamento se faz mais presente. Afinal, além dos números, estamos falando de pessoas. Sem saber onde essas pessoas estão, torna-se impossível formular políticas públicas eficazes. Essas políticas devem ser embasadas em conhecimentos geográficos, culturais e históricos. Enfrentamos uma era marcada por um negacionismo que ainda persiste, seja ele da ciência, da cultura ou da pesquisa. É impossível abordar um tema tão complexo e crítico de maneira superficial e desqualificada. Por isso, a pesquisa é fundamental, e nesse sentido, a Aesbe lançou a Série Universalizar, composta por estudos e pareceres, incentivando a continuidade das pesquisas, pois é através delas que o conhecimento é gerado”, ressaltou.
O secretário executivo da entidade salientou o papel crucial do setor público, e das empresas públicas, na prestação dos serviços de saneamento em todo o país.
“As nossas associadas da Aesbe trabalham movidas por uma missão pública. É essa missão que nos guia e nos impulsiona a avançar cada vez mais. Nesse sentido de avanço e identificação, reiteramos nosso compromisso com esse momento histórico. A Aesbe tem como lema que universalizar é a nossa missão. Sabemos que não é uma tarefa simples e fácil. Problemas complexos exigem abordagens profundas e consideradas, mas temos a firme convicção de que, juntos, e com o comprometimento incansável dos trabalhadores e trabalhadoras públicas das nossas associadas, alcançaremos o objetivo da universalização. Estamos abertos para esse desafio, e a modernização é um componente fundamental deste processo. Precisamos avançar em direção àqueles que mais necessitam, pois sem o setor público e sem as empresas públicas, não atingiremos a população que mais precisa destes serviços”, concluiu.