Por Rodrigo Polito e Rodrigo Carro – Valor Econômico

15/07/2019 – 12:41

RIO – O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec), Carlos Alexandre da Costa, afirmou nesta segunda-feira que o Congresso está próximo de aprovar um texto final “muito positivo” do novo marco legal do saneamento. De acordo com ele, a agenda do setor tem potencial para gerar 700 mil empregos e investimentos de R$ 500 bilhões nos próximos anos.

“Existe uma convergência muito grande entre Legislativo e Executivo na agenda da produtividade. Estamos próximos de um texto final muito positivo”, disse o secretário a jornalistas após participar de seminário promovido pela FGV, no Rio.

Segundo ele, o novo marco legal para o setor de saneamento prevê que as empresas que não estão cumprindo os investimentos previstos abram espaço para outras companhias. A ideia é transformar os contratos em concessões, abrindo um processo licitatório. “Estamos muito confiantes de que vamos ter um boom no saneamento nos próximos anos.”

Segundo ele, além das reformas nos mercados de gás e saneamento, o governo está trabalhando em uma série de agendas para destravar outros mercados do país.

“Queremos fazer com que o Brasil volte a ser uma economia de mercado. E, para isso, temos que retirar as barreiras”, afirmou Costa. “Tem uma série de setores que vão ser contemplados ao longo dos próximos meses com estudos e desregulamentações para retirar esses problemas, retirar a complexidade, a barreira à concorrência”, completou.

Pouco antes, o secretário citou a intenção de reduzir barreiras especificamente nos mercados de energia, terras e mídia. Na sua visão, o segundo semestre apresentará uma evolução “bastante positiva” dos dados econômicos. Segundo ele, o problema do desemprego do país será resolvido quando a economia voltar a crescer, o que depende da aprovação de reformas macroeconômicas e setoriais.

“Vamos entrar numa trajetória muito virtuosa de crescimento econômico muito em breve. Muitos empresários estão só aguardando a aprovação da reforma da Previdência para ter certeza de que o Brasil vai entrar agora num ciclo virtuoso. E o segundo semestre já vai ter, com certeza, uma evolução bastante positiva dos dados”, disse o secretário a jornalistas, após participar de seminário promovido pela FGV, no Rio.