Por Lu Aiko Otta – Valor Econômico

16/07/2019 – 05:00

De olho nos investimentos que poderão ser destravados após a aprovação da reforma da Previdência, o comitê de investimentos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) discutiu ontem, formas de acelerar o trâmite de projetos e de ampliar o acesso de empreendedores a seus recursos.

Integrantes do fundo pretendem fazer um roadshow nos Estados para explicar como o fundo funciona e como pode atuar para financiar projetos. Assim como a União, governos estaduais pretendem acelerar programas de parceria com a iniciativa privada para viabilizar investimentos. O FI-FGTS tem cerca de R$ 12 bilhões para aplicar, informou o presidente do comitê, Carlos Eduardo Abijaodi.

O FI-FGTS planeja abrir chamamentos para receber propostas de financiamento. Pelas regras atuais, os recursos podem ir para debêntures de infraestrutura, em projetos em áreas como saneamento, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e energia. O financiamento é de até 50% do valor do projeto.

Além do roadshow nos Estados, o comitê avaliou a possibilidade de aproximar o FI-FGTS do programa de concessões do governo federal e há discussões com o Ministério da Infraestrutura sobre o tema. A reunião serviu ainda para avançar nas discussões sobre o programa de desinvestimento do FI-FGTS. “Vamos vender a participação em alguns projetos que já estão maduros”, disse Abijaodi – a lista ainda não está definida.