Valor Econômico

Destaque/Finanças
Por Lu Aiko Otta
25/10/2019

O fluxo de debêntures incentivadas chegou a R$ 17,324 bilhões de janeiro a setembro, informou o Ministério da Economia. O valor se aproxima do total emitido em 2018, que foi de R$ 21,607 bilhões. Com isso, o estoque de papéis no mercado brasileiro atingiu a marca de R$ 75,778 bilhões de 2012 até agora.

As emissões seguem lideradas pelos empreendimentos na área de energia, com R$ 14,808 bilhões de janeiro a setembro. Em seguida, estão os na área de transporte e logística, com R$ 2,017 bilhões. Projetos em saneamento emitiram R$ 500 milhões este ano. As debêntures em infraestrutura têm pago uma remuneração média na casa dos 6,5% acima do IPCA, considerando o período de 2012 até setembro passado.

No corte por detentor, os dados mostram que as pessoas físicas (que têm isenção do IR na aplicação) seguem como principais investidores em debêntures incentivadas. De todo o estoque, R$ 22,036 bilhões estão em mãos de pessoas físicas. Em segundo lugar estão os fundos de investimento, com R$ 13,815 bilhões, ou 20,5% do total.

Em setembro de 2018, esses fundos reuniam 39.035 cotistas. Um ano depois, era de 185.864 investidores. “Esse dado deixa claro que a pessoa física está, cada vez, recorrendo a gestores profissionais”, disse em nota César de Oliveira Frade, coordenador-geral de Reforma Microeconômica da SPE.