Governo de Goiás decreta situação de emergência hídrica

O governo de Goiás publicou, ontem (13), decreto que determina situação de emergência hídrica nas bacias do Meia Ponte e João Leite, por 290 dias. O objetivo é executar uma gestão dos recursos hídricos, de forma antecipada, para garantir um bom volume dos mananciais e, com isso, quantidade de água suficiente para que a empresa Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) possa captar, tratar e distribuir à população.

O decreto expõe as competências da: Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), Secretaria de Segurança Pública (SSP), Saneago, bem como de órgãos e entidades do poder executivo, conselhos de recursos hídricos e meio ambiente.

As previsões meteorológicas indicam precipitação, para este ano, abaixo do ideal e as ações coordenadas serão realizadas para minimizar os impactos à população. Para esclarecimentos a respeito da medida, ainda pela manhã, ocorreu uma entrevista coletiva, que contou com a participação do secretário da Secima, Hwaskar Fagundes, e do presidente da Saneago, Jalles Fontoura, abordando as responsabilidades de ambas áreas.

Vazão do Meia Ponte

Hwaskar relembrou que nos momentos mais críticos da estiagem do ano passado, a vazão da bacia do Meia Ponte chegou a 800 litros por segundo, sendo que a vazão média normal é de 9 mil litros por segundo. Jalles reiterou que “ano passado acendeu uma luz amarela. Há mais de 20 anos não havia uma redução tão forte, de 70% na vazão”.

O secretário explicou que o planejamento também compreende “a instalação de estações telemétricas, em parceria com a Saneago, ao longo de toda a bacia, para poder verificar o comportamento [vazão] de toda ela, em um sistema on-line. Assim, a gente pode detectar qualquer tipo de comportamento anormal, com fácil identificação dos pontos”.

A outorga da Saneago para captação no Rio Meia Ponto é de 2.300 litros por segundo. As medidas adotadas buscam garantir que a vazão do Rio não atinja ponto inferior ao crítico de 2 mil litros por segundo, para haver água suficiente para abastecimento público. De qualquer forma, caso aconteça este cenário, a Companhia utilizará água do Sistema Produtor Mauro Borges.

Integração João Leite – Meia Ponte
Com a integração das bacias João Leite e Meia Ponte, a Saneago está dando mais um passo importante na garantia do abastecimento no período de estiagem. A Companhia já realizou 20% da adutora que interligará a Estação de Tratamento de Água Mauro Borges (que entrou em funcionamento em setembro do ano passado) à Estação de Tratamento de Água do Rio Meia Ponte.

O processo de transposição entre as duas estações será feito por meio de uma adutora de 13 quilômetros de extensão, 700 milímetros de diâmetro e capacidade de vazão de até mil litros por segundo, por queda livre. A obra, prevista para ser concluída em agosto, está sendo executada pela Saneago e tem custo de R$ 28 milhões.

O presidente explica que “a obra está em ritmo acelerado e todo esse conjunto de ações nos dá a confiança de, no ano de 2018, garantir água para todos”. O objetivo é garantir o abastecimento de Goiânia e da Região Metropolitana durante o próximo período de estiagem, mesmo se houver redução na vazão do Rio Meia Ponte, como ocorreu no último ano.

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