Por Taís Hirata – Valor Econômico

21/08/2019 – 12:14

SÃO PAULO – A Parceria Público-Privada (PPP) da região de Porto Alegre demorou anos para sair porque é a primeira e maior concessão do gênero no Estado, afirmou o presidente da estatal gaúcha de saneamento Corsan, Roberto Barbuti. Ele apresentou as condições da parceria nesta quarta-feira, na B3, em São Paulo, a uma plateia com dezenas de interessados.

O contrato, cuja modelagem ficou pronta em 2015, prevê R$ 9,6 bilhões de pagamentos de contraprestações, ao longo de todo o período. Esses pagamentos feitos pelo poder público ao operador privado serão reajustados anualmente, de acordo com um índice de reajuste tarifário, definido pelas duas agências reguladoras que atuam nas cidades atendidas.

Os investimentos previstos para o vencedor da licitação são de R$ 1,86 bilhão. A assinatura do contrato está prevista para o início de 2020, considerando que o leilão deverá ocorrer em dezembro deste ano.

A companhia ainda prevê lançar outras quatro PPPs de saneamento até o fim de 2020, nas regiões da Serra Gaúcha, de Gramado e Canela, do Planalto e Central (Santa Maria e Santa Cruz).

Barbuti ainda apontou diversos planos de sua administração para ampliar a eficiência da Corsan e preparar a companhia para a abertura de capital.

Um dos desafios, diz ele, é resolver os passivos trabalhistas altos da companhia. “Temos um estoque muito grande de ações trabalhistas, que precisa ser resolvido”, disse.