Estadão
07/11/2019

Por Luciana Collet

Aumento em comparação com mesmo período de 2018 foi alavancado pelos setores de saneamento, transporte e comércio

O consumo de energia elétrica no País atingiu 64.998 MW médios em outubro, o que corresponde a um crescimento de 3% frente aos 63.095 MW médios no mesmo período do ano passado. É o que aponta a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em seu boletim InfoMercado, com base nos dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de outubro.

No mercado regulado, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, o aumento no consumo foi de 2,6% em relação a outubro de 2018, considerando a mudança de clientes para o mercado livre. Excluindo o impacto dessas migrações, o chamado Ambiente de Contratação Regulada (ACR) registraria aumento de 4,7%.

Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, a alta do consumo foi de 4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Excluindo o impacto da inclusão de novas cargas em decorrência das migrações, o mercado livre registraria uma retração de 0,9%.

Dentre os segmentos da indústria avaliados pela CCEE, o destaque positivo para o crescimento de consumo em: saneamento (20,2%), transporte (19,8%) e comércio (17,7%). Conforme explicou a câmara de comercialização, a forte expansão registrada nesses setores está vinculada à migração dos consumidores para o mercado livre. Ao excluir este impacto, os maiores porcentuais de alta ficam nos ramos alimentício (4,6%), bebidas (3,4%) e comércio (3,3%). Do lado negativo, apenas o segmento de madeira, papel e celulose apresentou retração, de 1,9%, no comparativo excluindo as migrações ao mercado livre.

 O informativo da CCEE também apresenta dados sobre a geração de energia, que teve acréscimo de 2,8% em outubro, com 67.339 MW médios ante 65.510 MW médios no mesmo mês de 2018. Dentre as fontes de energia, destaque para o crescimento de 75,3% da energia solar fotovoltaica. A produção de energia eólica cresceu 29,6% e a geração termelétrica avançou 17,5%. Já as hidrelétricas registraram redução de 6,1%.