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22/03/2021

ONU afirma que elevar suprimento de água permite que mais crianças e adultos compareçam às escolas e reduz perdas econômicas. Empresas, como a Braskem, colocam essa demanda no centro de suas estratégias

O sexto objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS) estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) institui a necessidade de garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos até 2030, quando a população do planeta deve chegar a 9 bilhões de habitantes. Por isso, existe a certeza de que expandir os serviços de água potável de qualidade e de saneamento diminuiria drasticamente a perda de vidas por doenças relacionadas com a água e aliviaria a escassez de recursos nos países em desenvolvimento.

Além disso, elevar o suprimento de água e de saneamento também pode aumentar o nível da educação. Com maior acesso, mais crianças e adultos comparecem à escola em vez de passarem horas a cada dia coletando água. Isso também economizaria milhões de dias de trabalho, pois há perda econômica geral devida à falta de água potável de qualidade e ao saneamento básico.

Para a Unesco, órgão ligado à ONU, tratar essa questão vai exigir o fortalecimento da educação, treinamento, capacitação e esforços de conscientização a respeito da gestão sustentável de recursos de água doce. Exigirá também a ampliação da base de conhecimentos necessários para processos bem-informados de tomada de decisões quanto ao gerenciamento e ao consumo de recursos hídricos, bem como o desenvolvimento de políticas de sustentabilidade, que tratam dos riscos globais de maneira integrada e coordenada, incluindo aqueles relacionados à água.

Referência em gestão hídrica

O fato é que o assunto exige muita pesquisa, investimento e boa vontade de governos e empresas. Na Braskem, o tema está no centro de sua estratégia desde 2002. Por meio de  projetos de eficiência hídrica a empresa firma compromissos relacionados ao tema e tenta ampliar a gestão dos recursos hídricos e dos riscos na cadeia. Devido ao processo industrial em suas 40 unidades de produção, a Braskem tem um grande consumo de água e, preocupada em minimizar os impactos ambientais, tem realizado diversas iniciativas eficientes voltadas para a gestão hídrica.

E os resultados desse esforço já começam a aparecer. O índice de consumo específico de água da Braskem é hoje seis vezes melhor que a média da indústria química mundial. O percentual de reuso apresentou uma melhoria acumulada de 37% entre 2011 e 2019. Desde julho de 2019, a empresa integra o CEO Water Mandate, plataforma do pacto global da ONU que reúne uma comunidade formada por mais de 150 empresas de todo o mundo comprometidas com o avanço na gestão da água.

Para completar, a Braskem faz parte do Aquapolo, maior projeto de reuso de água da América Latina que tranforma efluente doméstico em água de qualidade industrial. Por meio dessa iniciativa, entre 2014 e 2019, cerca de 45 milhões de metros cúbicos de água utilizada pela companhia em seus processos industriais foi de reuso, volume equivalente a 18 mil piscinas olímpicas.

Nas operações da Braskem, na região do ABC paulista, praticamente 100% da água tem fonte de reuso.

Ainda no Estado de São Paulo, a companhia apoia iniciativas sustentáveis, como o projeto Mogi + Água, criado pelo Instituto Trata Brasil e Secretaria Municipal de Agricultura da Prefeitura de Mogi das Cruzes (SP) com o objetivo de instalar estações de tratamento de esgoto portáteis em propriedades rurais do município.

Todas essas iniciativas, levaram a empresa, pelo quarto ano consecutivo, a receber o reconhecimento do CDP (Carbons Disclosure Program), integrando a “A List” no que diz respeito à gestão e resultados da governança hídrica.