O último dia do 5º Seminário Nacional de Práticas Comerciais em Saneamento, promovido pela Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), consolidou o evento como um dos principais fóruns técnicos do país dedicados à área comercial do setor. Com participação expressiva e conteúdo qualificado, o encontro reuniu profissionais, gestores e especialistas de diversas companhias associadas, reafirmando seu papel estratégico na discussão sobre universalização, inovação e políticas públicas em saneamento. Durante a cerimônia, foi anunciada a Bahia como sede da próxima edição, em 2026. Clique aqui e acesse as fotos do evento.
Organizado pela Câmara Técnica Comercial da Associação Brasileira da Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), com apoio da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), o evento se firma como o principal ponto de encontro para discutir e compartilhar boas práticas comerciais, soluções inovadoras e cases de sucesso que fortalecem a atuação das companhias de saneamento.
A programação do dia começou com o Painel 3, sob o tema “Papel Estratégico da Área Comercial na Universalização do Saneamento”, moderado por Giordano Filgueira, superintendente comercial da Caern. O painel contou com apresentações de Francisco Jefferson da Costa Silva (Cagece), que abordou o uso de geotecnologias para ativação de ligações ociosas; Isaac Fernandes Vieira Veras (Cagepa), que falou sobre indicadores de desempenho comerciais; e Marisa Capriglioni (Sanepar), com uma exposição sobre integração comercial e PPPs no processo de universalização.
Em seguida, o Momento Enorsul destacou o tema “Contrato de Performance Autofinanciado – Dinheiro Novo no Caixa”, com Waldecir Colombini e Matheus Candolo, abordando experiências em contratos que geram recursos com base em resultados.
O Painel 4, tratou de “Inovação e Inteligência de Dados na Gestão do Cadastro Comercial”, com moderação de Diego Varela (Cagepa). João Gomes Mafra Neto (Caern) apresentou o uso de dados públicos externos e SIG para corrigir inconsistências cadastrais; Geusa Mara da Costa Sales (Embasa) falou sobre o impacto de painéis de inconsistência nos processos comerciais; e Diego Ferreira (Caesb) trouxe uma análise sobre o uso de Inteligência Artificial para fiscalizar irregularidades.
Na sequência, o Momento AEGEA – Sustentabilidade foi conduzido por Édison Carlos, presidente do Instituto AEGEA, que compartilhou reflexões sobre a responsabilidade ambiental do setor.
Além disso, foi realizado o Painel 5, com foco nas “Mudanças na Área Comercial com a Reforma Tributária”, moderado por Neuri Freitas, presidente da Cagece. O debate reuniu grandes nomes: Carlos Eduardo Xavier (Secretário da Fazenda do RN e presidente da Consefaz), Mateus Cruz (BLCN Advogados), Frederico Turolla (PEZCO Economics), Agostinho Moreira (CTC/Aesbe) e Gesner Oliveira (GO Associados), em um diálogo aprofundado sobre os impactos jurídicos, econômicos e operacionais das mudanças tributárias no setor de saneamento.
Para encerrar o evento, o Painel 6 tratou do Panorama da Lei da Tarifa Social, com moderação de Agostinho Moreira. Participaram do debate Renê Gontijo (ANA), Demétrius Gonzalez (Abrasam), Felipe Kruhs (Casan), Vitor Cortez Laranjeiras (Compesa) e Diego Ferreira (Caesb), discutindo os avanços e desafios na garantia da tarifa social como instrumento de inclusão.
Finalizando seu último evento como presidente da Aesbe, Neuri Freitas, também presidente da Cagece, destacou que o evento ultrapassou as expectativas e fortaleceu ainda mais a cooperação entre as companhias associadas. “Conseguimos reunir diferentes visões, compartilhar soluções inovadoras e fortalecer a integração entre as companhias. Saímos daqui mais preparados para enfrentar os desafios da universalização do saneamento no Brasil”, afirmou.
Já o diretor-presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), Roberto Sérgio, destacou a consolidação do seminário como um espaço fundamental para o desenvolvimento do setor. “Este evento já é referência nacional e mais uma vez mostrou sua força. A presença de tantos especialistas, aliada à qualidade técnica das apresentações, reforça o papel da Aesbe como articuladora de conhecimento e desenvolvimento para o setor de saneamento brasileiro”, pontuou.