Por Assessoria de Comunicação da Cagece

Uma iniciativa, da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), que nasceu com o objetivo de estimular novos talentos para a reciclagem, reutilizando materiais como banner, jornal, papel e até mesmo pallets, completa 10 anos de atuação no Ceará neste ano. O Reciclocidades, que começou como projeto e ganhou continuidade se tornando um programa, hoje comemora a sensibilização de mais de 20 mil pessoas em todo o estado, oferecendo inclusão social e oportunidade para geração de renda aos participantes.
O programa, que atualmente acontece nos bairros Messejana, Vila União, Antônio Bezerra, Canidezinho, Barroso, Parque Santo Amaro e Pici, em Fortaleza (CE), tem um público-alvo diverso, constituído por homens e mulheres com mais de 16 anos. Nesses locais e por onde já passou anteriormente, o Reciclocidades atua em duas frentes: oficinas e sensibilizações pontuais em espaços públicos e formação de grupos produtivos, estes últimos feitos de forma sistemática, com acompanhamento técnico-social, até o grupo atingir a autogestão.
As habilidades descobertas por Vanessa Ferreira, ex-participante do grupo produtivo de Maracanaú, foram desenvolvidas durante as oficinas do projeto e ao fim, levadas para a vida: “desde que entrei no projeto passei a me sentir muito bem comigo mesma. Isso porque saí de casa para fazer algo que gosto, descobri uma aptidão. Hoje, a partir do jornal crio cestas, mesas, abajures e complemento minha renda vendendo esses itens em feiras, festivais e até para pessoas da minha convivência”, conta.
Ao todo, o programa já formou 22 grupos produtivos e atuou em 16 diferentes comunidades. Os produtos elaborados pelos participantes dos grupos são expostos e comercializados em eventos e feiras de economia solidária e preservação do meio ambiente, em instituições, empresas, universidades, shopping, terminais de ônibus, etc. Até hoje, os produtos comercializados por intermédio da Cagece já geraram uma renda de cerca de R$ 110 mil reais para os artesãos.
Segundo a coordenadora de responsabilidade social da Cagece, Waleska Gurgel, os objetivos do projeto vão muito além da produção e comercialização dos produtos: “Procuramos trabalhar o lado social das comunidades localizadas, na maioria das vezes, próximas à Cagece, o que permite ainda um acompanhamento pós-ação. Incentivamos a sociabilização e a auto-estima das pessoas por meio da produção do artesanato e da interação” informa.
Além de tudo isso, o programa olha também para a sustentabilidade ambiental, tendo em vista que os produtos trabalhados nas oficinas são escolhidos de acordo com o resíduo reciclável mais comum em cada comunidade, incentivando a educação ambiental. Assim, programa possui os três pilares da sustentabilidade, tendo em vista que produz resultados sociais, ambientais e financeiros.