Seminário Nacional Universalizar – Aesbe 40 anos se consolida como um marco na história do saneamento ambiental do país

No último dia de discussões, o Seminário Nacional Universalizar – Aesbe 40 anos, debateu temas relativos que envolveram todas as áreas do setor de saneamento, como a inovação do saneamento em áreas rurais e os desafios do saneamento nas áreas urbanas e periféricas. Ao todo, o evento reuniu mais de 500 participantes durante os dias 12, 13 e 14 de novembro, na cidade de Brasília/DF e teve como tema principal o “Saneamento ambiental: resiliência, adaptação e sustentabilidade em um mundo em transformação”. 

Iniciando os painéis do dia, o painel 10 abordou a inovação e tecnologia para o saneamento em áreas rurais. Moderado por Antonio Gouveia Junior, presidente da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), e tendo como painelistas Helder Cortez, especialista em Saneamento Rural; José Ribeiro, diretor de Engenharia e Saúde Pública da Fundação Nacional de Saúde (Funasa); Deninson Gama, presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) e Mônica Bicalho, coordenadora da Câmara Temática de Saneamento Rural da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes).  

Na ocasião, foram apresentados cases de sucesso relativos ao saneamento rural, um dos mencionados foi o Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar), criado pela Companhia de Águas e Esgotos do Ceará (Cagece). “Esse é um projeto que deve servir de exemplo para outras empresas. Com a implantação do Sisar, mais de um milhão de pessoas foram beneficiadas.”, relata Helder Cortez.  

Já para José Ribeiro, diretor de Engenharia e Saúde Pública da Funasa, para levar o saneamento até as comunidades faz-se necessário uma assistência técnica para que seja levado com eficiência, além da união com os órgãos governamentais. “Todos os nossos esforços se não tiverem suporte técnico e não tiverem um ente que faça essa união, fica mais distante”, conclui. 

Denison Gama, presidente da Cosama, relatou as experiências vivenciadas no Amazonas, que detém regiões de difícil acesso. Enquanto que Mônica Bicalho fomentou a necessidade de fornecer ao usuário o acesso devido. “As pessoas não cuidam do que não pagam, logo não existe um beneficiário e sim um usuário.”, conclui Mônica. 

Finalizando as discussões, o painel 11 abordou os desafios e oportunidades no saneamento nas áreas urbanas periféricas: estratégias para promover a inclusão. Estiveram presentes Antonio Miranda, consultor da Aesbe; Thaissa Jucá, coordenadora para assuntos da juventude do Ondas; Samanta Takimi, presidente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan); Paulo Samuel, representante legal da AIDIS no Brasil e Allan Borges, gestor de governança socioambiental da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).  

Em discussão, o painel trouxe uma análise sobre como as periferias urbanas enfrentam uma série de obstáculos para alcançar a universalização do saneamento. Durante o debate, os especialistas compartilharam experiências e discutiram soluções que podem ajudar a reduzir desigualdades no acesso a serviços de água e esgoto nessas áreas vulneráveis.  

Uma das pautas levantadas foram os riscos da privatização, que segundo Thaissa Jucá, atrai um desinteresse as áreas pobres, elevação do preço da tarifa e dificuldade de integração com outras políticas públicas como a moradia. Enquanto que Allan Borges, destacou a importância de alcançar essas regiões através da própria população. “Não dá para entrar em territórios de periferia sem entender como ela se comporta, tem que construir junto à comunidade.”, conclui o gestor de governança da Cedae.  

Para finalizar o evento, às 19h acontece a premiação do I Prêmio Nacional Universalizar e o show comemorativo dos 40 anos da associação com show da banda SaiaBamba e cantor Nando Reis.  

Patrocinadores   

O Seminário Nacional Universalizar – Aesbe 40 Anos conta com os seguintes patrocinadores:   

Patrocínio Master: Cagece;    

Cota Exclusiva Painel: Funasa; 

Patrocínio Especial: Abes e Sanepar;   

Parceria de Mídia: Embasa;    

Patrocínio Ouro: Abratt; Agesan; Cedae; Enorsul; Unipar; Utilitas;    

Patrocínio Prata: FESPSP; Manesco, Ramirez, Perez, Azevedo, Marques Sociedade de Advogados;   

Patrocínio Bronze: Abar; Aegea; Fimm Brasil; Fundace e Vernalha Pereira   

Apoio: Barbosa, Lima, Cruz e Nery Advocacia; Carrijo Advogados; FRN Advogados; Hagaplan Engenharia.   

Responsabilidade Socioambiental   

A Aesbe reafirma seu compromisso com a sustentabilidade ao implementar ações concretas durante o evento. O Selo Evento Neutro garantirá que todas as emissões de carbono geradas sejam quantificadas e compensadas por meio de ações ambientais, como o plantio de árvores. Além disso, o programa Sou Resíduo Zero promoverá a gestão inteligente dos resíduos, com triagem, separação para reciclagem e reutilização, contribuindo para a redução de resíduos enviados a aterros sanitários e o incentivo à economia circular. O programa não apenas reduz a quantidade de resíduos enviados para os aterros sanitários, limitando as emissões de gases de efeito estufa, mas também gera emprego e renda para cooperativas de catadores, reincorporando os materiais recicláveis na cadeia produtiva. Este sistema vai além da reciclagem e reutilização, reestruturando os sistemas de produção e distribuição para reduzir o desperdício. 

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