Marcando os 40 anos de existência da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), a capital do país sediou, nesta terça-feira (12), o primeiro dia do Seminário Nacional Universalizar – Aesbe 40 anos. Com recorde de público, o evento reúne cerca de 500 pessoas de todo o Brasil para discutir pautas referentes ao saneamento e relembrar a trajetória da associação na implementação de políticas eficazes para o setor. Confira as fotos do primeiro dia aqui.
Abrindo as comemorações das quatro décadas, o presidente da Aesbe, Neuri Freitas salientou a importância do evento e fomentou as pautas principais, como o marco do saneamento e a reforma tributária. “Investir em saneamento é antes de tudo investir em saúde, em qualidade de vida, desenvolvimento social e econômico, preservação ambiental e resiliência.”, salientou o presidente. Além do presidente, a mesa de abertura foi composta pelo vice-presidente da Aesbe, Ricardo Soavinski e do presidente da Funasa, Alexandre Motta.
Em seguida, foram realizadas homenagens aos últimos presidentes da associação. Ao todo, 19 ex-presidentes fizeram parte da história da Aesbe, na cerimônia foram homenageados três ex-presidentes, sendo eles: Paulo Carnelli, também ex-presidente da Companhia Espiríto-santense de Saneamento (Cesan); Roberto Tavares, também ex-presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e Marcus Vinicíus, atual presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa).
Após o momento, a jornalista Giuliana Morrone apresentou a palestra magna, intitulada “Saneamento Ambiental: Resiliência, Adaptação e Sustentabilidade em um Mundo em Transformação”. Morrone abordou as principais tendências e desafios enfrentados pelo setor, incluindo a reforma tributária, além de destacar a importância de práticas sustentáveis para garantir a qualidade de vida e a saúde pública. “Uma sociedade não pode ser saudável sem um saneamento eficaz”, conclui.
Iniciando os painéis, o primeiro abordou o “Financiamento Nacional para o Desenvolvimento do Saneamento”. Moderado por Edson Moritz, vice-presidente regional sul da Aesbe e presidente da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), o painel contou com a presença de figuras importantes do setor financeiro: Eduardo Christensen Nali, chefe do Departamento de Saneamento Ambiental do BNDES; Américo Ary de Medeiros Peixoto, gerente de Clientes e Negócios I da Caixa Econômica Federal; Luiz Lourenço de Souza Neto, gerente executivo de Pessoas Jurídicas do Banco da Amazônia; e Emiliano Portela, superintendente de Negócios com Governo e Empresas do Banco do Nordeste. Os debates centraram-se nas oportunidades e desafios para o financiamento de projetos de saneamento, enfatizando a necessidade de investimentos estratégicos para ampliar a cobertura e a eficiência dos serviços.
O segundo painel abordou as “Potencialidades e Desafios na Integração das Ações de Saneamento: Qualidade de Vida, Saúde e Sobrevivência”. Moderado por Alexandre Motta, presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a mesa reuniu Neuri Freitas, presidente da Aesbe; Maria Elisa Leite Costa, coordenadora de Regulação de Drenagem Urbana da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e Rodopiano Marques, presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento Básico (Assemae). As discussões focaram na integração das ações de saneamento com outras áreas, como saúde e meio ambiente, ressaltando a importância de abordagens multidisciplinares para promover a sustentabilidade e o bem-estar das comunidades atendidas.
Abordando as “Parcerias Estratégicas com Instituições Financeiras Internacionais”, o terceiro painel foi moderado por Luís Reis, presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), o painel contou com a participação de Alexandre Takahashi, profissional sênior do Escritório Regional das Américas do New Development Bank (NDB); Victor Valente, consultor do KfW; e Dominique Hautbergue, diretor Regional Brasil/Conesul da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Os especialistas discutiram as possibilidades de cooperação internacional e os benefícios das parcerias com instituições financeiras globais para impulsionar projetos de saneamento no Brasil.
O encerramento dos debates ocorreu com o quarto painel, “PPPs no Saneamento: Inovação e Colaboração para Soluções Sustentáveis”, moderado por Sérgio Roberto Linhares, vice-presidente regional nordeste I da Aesbe e presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). A mesa contou com Aloísio Zimmer, doutor em Direito pela UFRGS; Alex Campos, presidente da Compesa; e Leopoldo Godoy, diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Sanesul. As discussões enfatizaram o papel das Parcerias Público-Privadas (PPPs) na inovação e na implementação de soluções sustentáveis, destacando casos de sucesso e identificando oportunidades para fortalecer essas colaborações no setor de saneamento.
O evento culminou em um coquetel de encerramento, oferecido pela Aesbe, acompanhado por uma apresentação musical de Dudu e Banda. O ambiente proporcionou um espaço de integração e networking, permitindo que os participantes trocassem experiências e estabelecessem novas parcerias. O evento segue até esta quinta-feira (14).
Patrocinadores
O Seminário Nacional Universalizar – Aesbe 40 Anos conta com os seguintes patrocinadores:
Patrocínio Master: Cagece;
Cota Exclusiva Painel: Funasa;
Patrocínio Especial: Abes e Sanepar;
Parceria de Mídia: Embasa;
Patrocínio Ouro: Abratt; Agesan; Cedae; Enorsul; Unipar; Utilitas;
Patrocínio Prata: FESPSP; Manesco, Ramirez, Perez, Azevedo, Marques Sociedade de Advogados;
Patrocínio Bronze: Abar; Aegea; Fimm Brasil; Fundace e Vernalha Pereira
Apoio: Barbosa, Lima, Cruz e Nery Advocacia; Carrijo Advogados; FRN Advogados; Hagaplan Engenharia.
Responsabilidade Socioambiental
A Aesbe reafirma seu compromisso com a sustentabilidade ao implementar ações concretas durante o evento. O Selo Evento Neutro garantirá que todas as emissões de carbono geradas sejam quantificadas e compensadas por meio de ações ambientais, como o plantio de árvores. Além disso, o programa Sou Resíduo Zero promoverá a gestão inteligente dos resíduos, com triagem, separação para reciclagem e reutilização, contribuindo para a redução de resíduos enviados a aterros sanitários e o incentivo à economia circular. O programa não apenas reduz a quantidade de resíduos enviados para os aterros sanitários, limitando as emissões de gases de efeito estufa, mas também gera emprego e renda para cooperativas de catadores, reincorporando os materiais recicláveis na cadeia produtiva. Este sistema vai além da reciclagem e reutilização, reestruturando os sistemas de produção e distribuição para reduzir o desperdício.