Nesta quarta-feira(25), a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) realizou uma reunião da Câmara Técnica de Ouvidoria (CTO), por videoconferência, que contou com a participação de mais de 90 profissionais do setor. A palestra principal foi conduzida por Ariana Frances, Ouvidora Geral da União, que abordou o tema “Assédio Sexual e Moral”, trazendo à tona questões fundamentais para o ambiente corporativo e institucional.
Durante sua apresentação, Ariana Frances discutiu com profundidade os tipos de assédio, utilizando exemplos práticos de comportamentos racistas e discriminatórios frequentemente observados em diferentes ambientes de trabalho. Ela destacou a importância de tratar do tema de forma séria e estruturada, enfatizando que “falar sobre assédio é essencial para criarmos ambientes de trabalho mais seguros e justos, tanto em instituições públicas quanto privadas”.
A palestrante também apresentou dados sobre os casos de assédio em diversas organizações, revelando números significativos tanto no setor público quanto no privado. Além dos dados sobre os motivos das denúncias não habilitadas. De acordo com Ariana, muitas dessas denúncias acabam não sendo habilitadas devido a uma série de fatores, como a falta de provas suficientes, duplicidade de manifestação ou manifestações impróprias.
Outro ponto destacado foi a plataforma Fala.br, o canal oficial de denúncias do Governo Federal. Ariana reforçou a importância da ferramenta para garantir que qualquer pessoa possa relatar casos de assédio de forma segura e anônima, caso não haja uma rede na empresa. “O Fala.br é uma plataforma essencial para que os cidadãos tenham uma voz ativa, mas também precisamos garantir que nossas ouvidorias estejam preparadas para receber e processar essas denúncias com responsabilidade e sem preconceitos”, afirmou.
Além disso, a Ouvidora Geral alertou os participantes sobre a necessidade de os ouvidores estarem atentos aos vieses inconscientes que podem influenciar a forma como lidam com denúncias, distorcendo a avaliação dos casos. “Os vieses inconscientes podem comprometer a justiça e a equidade no tratamento das denúncias. Cabe a nós, ouvidores, reconhecer e combater esses vieses diariamente”, destacou.
No fim da palestra, foi aberto um momento de perguntas e respostas e os participantes tiveram a oportunidade de ampliar o debate acerca do tema.
A reunião marcou mais uma importante etapa no compromisso da Aesbe em promover discussões relevantes sobre ética, justiça e proteção dos direitos humanos no ambiente de trabalho, reforçando a necessidade de ações concretas para prevenir e combater o assédio sexual e moral em todas as esferas.
Com debates como esse, a Aesbe busca capacitar cada vez mais os profissionais de ouvidoria a lidar com situações delicadas e garantir que as denúncias sejam tratadas com seriedade, imparcialidade e respeito.