A terceira edição do book da série Diálogos Estratégicos da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento Básico (Aesbe) já está disponível, trazendo uma análise aprofundada dos desafios e oportunidades no setor de saneamento em um contexto de mudanças climáticas. O book aborda os debates realizados durante a 3ª edição do webinar Diálogos Estratégicos “Mudanças Climáticas e Saneamento: desafios e oportunidades para políticas macroeconômicas”, realizado no dia 16 de julho pela Aesbe, em parceria com a Revista Conjuntura Econômica, na sede da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Clique aqui e leia o book completo.
Os debates giraram em torno da preparação para a COP 30, que será realizada em Belém (PA), em 2025, uma cidade que exemplifica a urgência de se abordar essas questões de forma integrada. A nova edição do book destaca a necessidade de equilibrar a agenda de combate às mudanças climáticas com a urgência de melhorar o saneamento básico. Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), enfatiza a dualidade dessas agendas. “Temos uma agenda que olha para o futuro, para conter o aquecimento global, convivendo com outra do passado, que ainda não conseguimos superar. Precisamos alocar mais esforços onde estamos mais defasados”, comenta Matos.
O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), Aguinaldo Ballon, compartilha os avanços da companhia em pesquisas sobre a qualidade da água e uso eficiente de insumos químicos, economizando recursos significativos. Ele também destaca projetos de modernização de estações de tratamento e iniciativas de recuperação florestal, como a restauração de áreas degradadas na bacia do Guandu, que podem reduzir o escoamento de sedimentos e economizar produtos químicos e energia.
Ballon reforça a importância de investimentos contínuos em sistemas de inteligência e infraestrutura para lidar com os desafios impostos pelas mudanças climáticas, como a maior contaminação por bactérias e altos índices de turbidez da água devido a chuvas intensas e temperaturas mais altas.
Sergio Gonçalves, secretário executivo da Aesbe, ressalta a necessidade de alinhar as políticas macroeconômicas com os objetivos de universalização e sustentabilidade do saneamento. Ele aponta para o desalinhamento da reforma tributária em discussão, que coloca o saneamento na alíquota padrão do novo IVA dual, enquanto os serviços de saúde receberam tratamento especial com alíquota reduzida.
Esta publicação é a terceira da série Diálogos Estratégicos, uma iniciativa trimestral da Aesbe que reúne especialistas e convidados de diversas áreas para debater os desafios do setor de saneamento no Brasil. A cada edição, os insights e resultados das discussões são compilados em um ebook, disponível para o público interessado.
As edições anteriores também estão disponíveis para consulta:
- Primeira edição: “Cenários Macroeconômicos e Saneamento Básico” – Acesse aqui
- Segunda edição: “A Situação Econômica das Companhias de Saneamento” – Acesse aqui