Webinar realizado pela Aesbe debate a situação financeira das companhias estaduais de saneamento no Brasil

Na manhã desta terça(19), a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) promoveu um webinar intitulado “Diálogos Estratégicos: debate sobre a situação econômica atual das companhias de saneamento”. O evento, transmitido diretamente da sede da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e acessível via YouTube da Aesbe, reuniu palestrantes e especialistas do setor para discutir os desafios e oportunidades enfrentados pelas empresas de saneamento no país.

Durante o webinar, Aguinaldo Ballon, presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro(Cedae), destacou a importância do planejamento estratégico diante das mudanças econômicas. “Tivemos uma redução de receita de 6 bilhões para 3 bilhões de reais, o que representou um desafio significativo, por issoa necessidade de redução de perdas e aumento do desempenho para garantir o lucro”, declara Ballon. Além disso, o presidente enfatizou a relevância do debate para promover mudanças no status quo e buscar eficiência no setor.

Outro ponto bastante discutido durante o webinar foi a questão da regulação tarifária e a busca pela eficiência nas companhias. Neuri Freitas, presidente da Aesbe e da Companhia de Águas e Esgotos do Estado do Ceará(Cagece) ressaltou a importância de uma regulação adequada para garantir tarifas justas e resultados satisfatórios, destacando a necessidade de parcerias com o setor privado para alcançar os objetivos almejados. “Para tudo funcionar bem, nós precisamos de uma regulação adequada, e precisamos avançar ainda mais para alcançar a universalização do saneamento até 2033.”, conclui Freitas.

Na ocasião, foi evidenciado que a política de saneamento ainda carece de recursos. Silvia Matos, pesquisadora e coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), trouxe à tona a questão dos investimentos em saneamento, comparando-os com áreas como saúde e educação. “Temos uma carência de recursos no setor, e os investimentos em infraestrutura além de promover o desenvolvimento, gera empregos. A discussão que estamos tendo aqui é do século passado, a pauta da universalização do saneamento deveria está no século passado.”, conclui a pesquisadora.

O debate também abordou a questão fiscal e a importância de políticas que incentivem o investimento em saneamento, visando não apenas o crescimento econômico, mas também o bem-estar social. Os participantes destacaram a necessidade de uma abordagem integrada e colaborativa para superar os desafios enfrentados pelo setor, buscando soluções que garantam a sustentabilidade e eficiência dos serviços de saneamento no Brasil.

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