R7
11/08/2021
Concessão da Cedae vai receber investimentos de mais de R$ 24,4 bilhões durante os 35 anos de contrato
O Governo do Estado do Rio de Janeiro assina nesta quarta-feira (11), os contratos de concessão dos serviços de distribuição de água e esgotamento sanitário dos três blocos que foram leiloados no primeiro semestre. Trata-se da maior licitação de saneamento realizada no país.
O projeto foi estruturado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e recebeu apoio do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional e do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), do Ministério da Economia.
Ao todo, 29 municípios atualmente atendidos pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro), incluindo a capital fluminense, terão os serviços concedidos à iniciativa privada. Os contratos serão assinados com o Consórcio Aegea (vencedor de dois blocos) e com o Consórcio Iguá (vencedor de um bloco).
Retorno da concessão
A concessão da Cedae deve atender cerca de 12 milhões de pessoas, gerar mais de 40 mil empregos diretos e indiretos com investimentos de mais de R$ 24,4 bilhões durante os 35 anos de contrato, além dos R$ 15,4 bilhões de outorga que o Governo do Rio e as prefeituras receberão da concessionária.
secretária Especial do PPI, Martha Seillier, considera a concessão um grande avanço para a política ambiental do Estado.
“Esta iniciativa trará impacto positivo sobre o meio ambiente, com investimentos previstos de R$ 2,7 bilhões nos cinco primeiros anos, destinados a reduzir as causas da poluição da Baía de Guanabara, dos seus corpos afluentes e melhorar a balneabilidade das praias e lagoas, contribuindo para a proteção ambiental e o turismo”, considerou Seillier.
Com o mesmo objetivo também serão aplicados R$ 2,9 bilhões na redução da poluição do Rio Guandu, que abastece a maior parte da região metropolitana do Rio de Janeiro, e R$ 250 milhões para auxiliar na despoluição das lagoas de Jacarepaguá e da Barra, na zona oeste.
Do ponto de vista social os concessionários deverão investir ao menos R$ 1,5 bilhão na ampliação do abastecimento de água e esgotamento sanitário em favelas e comunidades não urbanizadas no município do Rio de Janeiro, comprometendo-se com a continuidade de prestação do serviço.
O principal benefício social proporcionado pelo projeto será a universalização do acesso aos serviços de abastecimento de água (99% dos domicílios atendidos) e a coleta e o tratamento dos esgotos sanitários urbanos (90% dos domicílios atendidos) até 2033, cumprindo assim as metas previstas no novo marco legal de saneamento (lei 14026/2020).
*Estagiário do R7 sob supervisão de Celso Fonseca