Valor Econômico

30/12/2020

Por Mariana Ribeiro, Valor — Brasília

Ministério da Economia rebate críticas e nega que fim de auxílio seja ‘abrupto’

 Todas as medidas econômicas adotadas pelo governo para fazer frente aos efeitos da pandemia de covid-19 são transitórias e “se encerram sem exceção até o final desse ano”, diz a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia em nota divulgada hoje.

O documento classifica ainda como infundada a crítica de que a retirada do auxílio emergencial “estaria se dando de forma abrupta”. “Algo que é anunciado para durar 3 meses e tem sua duração expandida para 9 meses não pode ser qualificado como retirada ‘abrupta’ do benefício”, diz o texto, reforçando que já houve redução do valor de R$ 600 para R$ 300.

A nota foi divulgada no dia em que é paga a última parcela do auxílio emergencial. Diante da alta de casos de covid-19 no país e de uma elevada taxa de desemprego, há pressão para prorrogação da medida. Segundo a SPE, as críticas ao fim do auxílio têm “contaminado o bom debate econômico”.

O documento diz ainda que o argumento de que a agenda econômica estaria enfrentando dificuldades no Congresso Nacional também é infundado. “É inconteste que avanços importantes foram feitos, em parceria com o Congresso Nacional, mesmo durante a maior crise de saúde pública da história brasileira”, afirma.

Entre os projetos que avançaram, citou o novo marco do saneamento; a nova lei de falências e a nova lei de licitações. “Consensos estão sendo construídos, mesmo em pautas polêmicas como as reformas tributária e administrativa seria incorreto dizer que não ocorreram avanços”, completa.

A expectativa, diz o documento, é que a agenda de reformas econômicas continue avançando ao longo de 2021. Entre os projetos prioritários, são citadas as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) Emergencial e do Pacto Federativo; as reformas tributária e administrativa e a desestatização da Eletrobrás.