Monitor Mercantil
06/05/2020 

Entidades de saneamento veem mensagem negativa para sociedade.

Decreto do Governo Federal com as atividades essenciais excluiu captação, tratamento e distribuição de água, bem como de esgoto. A exclusão causou perplexidade entre as empresas e especialistas que atuam na área, já que uma das principais ações contra o coronavírus é ter hábitos de higiene, em especial lavar as mãos com frequência.

Para a Associação das Operadoras de Saneamento, a medida carrega uma mensagem negativa para a sociedade sobre as prioridades do governo. O presidente da Abcon, Percy Soares Neto, indica que o esquecimento trata-se de um equívoco, pois a função é crucial para a população, ainda mais em um momento de combate a uma pandemia.

“Não há menor explicação razoável para que água e o esgoto não seja serviço essencial. Nós precisamos é reconhecer a essencialidade, tendo em visto a necessidade de ter as equipes de saneamento na rua, possam ter o seu trabalho facilitado em função disso, seu trabalho agilizado, seja no acesso aos equipamentos de proteção individual, seja no trânsito pela cidade para executar as funções.”

A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) divulgou nota em que repudia “essa atitude desumana do desgoverno Bolsonaro, que se configura em uma irresponsabilidade em meio à pandemia do novo coronavírus”, e relembra que água é o principal insumo de proteção à propagação da Covid-19 e os serviços de água e esgoto são essenciais, reconhecidos pela ONU como direitos humanos fundamentais.