Colegiado da Aesbe se reúne para traçar estratégias de ajuda ao Rio Grande do Sul em meio à crise hídrica

Nesta segunda-feira (6), o colegiado da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento Básico (Aesbe) se reuniu em caráter emergencial para discutir e implementar medidas de auxílio ao estado do Rio Grande do Sul, que enfrenta a maior tragédia climática da sua história. A mobilização interna da Aesbe visa estruturar de forma eficiente o envio de recursos e assistência aos municípios em situação de vulnerabilidade, principalmente aos que não são assistidos pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), associada da Aesbe.

Segundo informações da presidente da Corsan, Samanta Takimi, mais de 250 municípios estão sofrendo os impactos da falta de água, com destaque para áreas que não estão sendo atendidas pela companhia. Ainda destacou a gravidade da situação, descrevendo-a como uma crise de magnitude sem precedentes, afetando até mesmo áreas que não foram diretamente atingidas pelas chuvas. “Com dois terços da cidade de Canoas inundados, a Corsan concentra esforços no atendimento, mas reconhece a necessidade de apoio externo para auxiliar os municípios não atendidos pela empresa diante da extensão da destruição.”, reitera Takimi.

A presidente da Corsan ressaltou ainda a importância de identificar e atender os municípios mais carentes, muitos dos quais não possuem estrutura adequada para lidar com a crise.

A Aesbe está montando uma operação centralizada reunindo todas as outras 22 companhias associadas, com reuniões periódicas, para prestar auxílio imediato aos locais mais necessitados, com o envio de copos de água potável e levantamento da necessidade de apoio técnico, para a ida de colaboradores das demais companhias ao estado, para auxiliarem na recuperação dos equipamentos, principalmente para o restabelecimento do abastecimento de água. A Companhia de Saneamento Básico do Distrito Federal (Caesb) já separou 15 mil copos de água para enviar por meio da Aeronáutica, enquanto outras companhias de saneamento estão organizando iniciativas semelhantes.

“Estamos presenciando um desastre sem precedentes no Estado do Rio Grande do Sul e temos a responsabilidade de unir esforços para ajudar no que for necessário. Por isso, estamos em contato constante com a presidente da Corsan, Samanta Takimi, para acompanharmos as necessidades. Reforçamos a nossa solidariedade à população do Rio Grande do Sul e à Corsan e estamos à disposição para colaborar no que for necessário”, afirma o presidente da Aesbe, Neuri Freitas.

A Aesbe ressalta que eventos climáticos extremos, como essas chuvas intensas, são indícios claros das mudanças climáticas em curso. A associação vem pautando a urgência dessas questões e a importância de enfrentá-las com seriedade e responsabilidade, pois, a entidade defende que o setor de saneamento está intrinsecamente ligado às causas ambientais e ao bem-estar das comunidades afetadas.

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