Aesbe apoia webinar sobre Cidades Resilientes às mudanças climáticas e prevenção e mitigação de riscos de desastres

Por Michelle Dioum, estagiária de Comunicação da Aesbe – sob supervisão de Rhayana Araújo, assessora de Comunicação da Aesbe 

A Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) organizou, na manhã desta quarta-feira (27), o webinar “Cidades Resilientes às mudanças climáticas e prevenção e mitigação de riscos de desastres com uso de Sistemas de Sirenes Eletrônicas para Alerta”, destinado para colaboradores das Companhias Estaduais associadas à Aesbe e integrantes das Câmaras Técnicas de Gestão Ambiental (CTGA) e de Desenvolvimento Operacional (CTDO). O evento contou com a moderação do secretário executivo em exercício da Aesbe, Antonio Costa Lima Junior, que em sua fala de abertura reiterou a importância do trabalho que é desenvolvido pela Associação.

“A Aesbe possui uma cobertura de 75%, dentro do território nacional, em relação a gestão hídrica. Estamos presentes em todo o cenário nacional e trabalhamos há 38 anos para buscar avanço e alcançar melhores resultados”, reforçou.

Bertram Heinze, sócio-diretor da InnovBrazil – Technology Transfer International foi um dos idealizadores do webinar e também participou do evento.

O webinar contou com as palestras de Adriana Verchai de Lima Lobo, da Gerência de Pesquisa e Inovação – GPIN da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), que trouxe o tema: “Cidades resilientes e as mudanças climáticas: impactos e riscos, prevenção e mitigação a desastres relacionados a água”; e de Andreas Baumgart, sócio-diretor da EKM Sirenes do Brasil (Representante principal da alemã Hörmann Warnsysteme GmbH no Brasil), que palestrou sobre: “Critérios técnicos e soluções inovadoras para a implantação de projetos turn key (chave na mão) de sistemas de sirenes eletrônicas para alerta e notificação em massa em barragens”.

O sócio-diretor da EKM, Andreas Baumgart, iniciou a sua palestra explicando o que tem sido desenvolvido nessa área,  no Brasil, apresentou parâmetros básicos para uma correta especificação do sistema de sirenes, ressaltou a importância de um Dam Break para definição do que precisa ser aplicado e assim obter a confirmação da disponibilidade, viabilidade e a análise de resistividade do solo para um correto dimensionamento e geometria da malha de aterramento para a obtenção de uma efetiva instalação.

“Nós vemos sistemas de sirene que usam o próprio poste metálico como elemento de descarga, o que é totalmente incorreto.  Nunca utilize o poste metálico como elemento de descarga, e sim como um cortador isolado.  O sistema de comunicação de um sistema de sirenes é amplo e conta com uma redundância de comunicação. Para a definição de um projeto de sirene adequado, deve ser realizado um estudo Dam Break para definir a área de inundação, em base ao estudo de dam break, definir a ZAS: 30 minutos, 10 km ou outro parâmetro; em função da ZAS realizar um SPL em base a ISSO 9613-2 (SOUND PLANNING – PROJEÇÃO ACÚSTICA), necessário para definir as localizações e potencias das sirenes requeridas para gerar uma cobertura acústica de mininmo 70 b”, explicitou Andreas Baumgart ao concluir a sua fala.

A gerente de Pesquisa e Inovação da Sanepar, Adriana Verchai, expôs em sua palestra a importância do trabalho realizado pela companhia, que investiu mais de 6 bilhões nos últimos anos para o aumento da qualidade da gestão hídrica no Paraná. Ela ressalta que é essencial reconhecer o Brasil como referência em construção de barragens e acompanhar o processo de construção dessas barragens com instrumentação para o eficaz compartilhamento de dados e a possível realização de um efetivo balanço hídrico.

Explicou, ainda, sobre a crise hídrica enfrentada atualmente no Brasil. “A Amazônia traz todo o ciclo das águas para o país, nós dependemos da Amazônia, nós perdemos de um mês para o outro 7,69 milhões de m3. Houve um projeto emergencial de captação flutuante, com acompanhamento diário dos reservatórios, fomos atrás de água, literalmente tirando água de pedra para conter a crise. O período chuvoso é o mais importante para recarga do reservatório. Sob este aspecto, a reserva da água bruta foi prejudicada pelas chuvas abaixo da média no atual período chuvoso, verificadas nos meses de outubro e dezembro”, informou.

Adriana convidou a todos a participarem dos grupos das discussões que envolvem a segurança hídrica relacionada as barragens. “Temos que analisar a questão da privatização com muito cuidado, pois há uma desestrutura de um corpo técnico que faz a gestão de todo esse setor com muita competência, para a proteção das nossas estruturas hídricas. Nós precisamos de um olhar, que não sei se será desenvolvido no setor privado, mas que é estimulado nas companhias, que é um olhar social para essas questões de gestão hídrica. É importante ter um plano de uso nos reservatórios, zoneamento ecológico econômico, pois a Amazônia é o coração do ciclo da água do Brasil”, afirmou.

O Webinar teve como objetivo compartilhar o entendimento dos principais conceitos da propagação da pressão sonora e planejamento da cobertura sonora das Zonas de Autossalvamento (ZaSs).

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