BRASÍLIA – O presidente Michel Temer, ao abrir o 8º Fórum Mundial da Água, que é realizado em Brasília até sexta-feira, 23, afirmou que seu governo se esforça para terminar a transposição do Rio São Francisco. “Preservar não basta, é preciso fazer chegar a água aos lares das famílias. Há comunidades que ainda lutam contra a seca, daí o nosso empenho na Transposição do Rio São Francisco. Trata-se de projeto antigo que agora estamos finalizando”, disse, sem citar os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que iniciaram as obras.

“Estimamos que sejam beneficiados no total, quando as obras estiverem completas, cerca de 12 milhões de brasileiros no Nordeste”, completou.

Temer classificou como a “maior obra hídrica do Brasil” e destacou que seu governo lançou o programa Novo Chico, para revitalizar do rio.

O presidente anunciou também que o governo vai enviar um projeto de lei para aprimorar ações de saneamento básico e admitiu “que ainda resta muito por fazer”. “Estamos ultimando por projeto de Lei com vistas a modernizar o nosso marco regulatório de saneamento e incentivar novos investimentos”, afirmou.

Segundo o presidente, o mundo tem cerca de 2 bilhões de pessoas que não têm fonte segura de água em suas casas. “Cerca de 260 milhões precisam andar mais de meia hora para coletar água. Não temos, portanto, tempo a perder. Ninguém aqui ignora que o acesso à água e ao saneamento básico está intimamente ligado a nossa capacidade de crescer de forma sustentável”, disse.

Temer disse que é “obrigação compartilhada” buscar um crescimento sustentável. “A vida na Terra estará ameaçada se não respeitarmos os limites da natureza”, declarou. O presidente ressaltou que o Brasil tem um compromisso “histórico” com o crescimento sustentável. “Contribuímos para consagrar o conceito na Rio 92, quando presidia o país o eminente senador Fernando Collor”, afirmou, citando o ex-presidente que está na plateia da abertura do Forum. “Estamos muito empenhados em implementar a agenda 2030”, reforçou.

O presidente disse que o desafio da sustentabilidade “é complexo” e exige iniciativas consistentes por parte de todos os países. “O planeta é um só. Se nos fecharmos em nos próprios, atuarmos de forma desarticulada, todos pagaremos um preço”, afirmou. “As soluções que buscamos são necessariamente coletivas.”

Temer citou que o País saiu da sua pior recessão da história e que fez isso “aliando responsabilidade fiscal e social”. “Não admitimos a hipótese de crescer a qualquer custo”, afirmou. O presidente listou algumas das ações na área do meio ambiente, como programas de captação de recursos para preservação das nascentes das bacias hidrográficas do São Francisco e do Rio Paraíba e afirmou que o seu governo avançou na proteção de florestas.