Estadão
11/02/2020

Por Fernanda Guimarães

A empresa de logística Hidrovias do Brasil está programando sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) para abril. A companhia, que nasceu de uma startup financiada pela Pátria Investimentos, está muito perto de fechar o sindicato de bancos que coordenará a oferta. As conversas com os bancos de investimento com a Hidrovias do Brasil e o Pátria já ocorrem há alguns anos e em 2017 a oferta quase saiu do papel. No ano passado, a gestora chegou a contratar a Evercore como seu assessor financeiro para a venda do ativo, estimado no mercado em cerca de US$ 1,5 bilhão. Agora, a decisão foi de fazer a venda na Bolsa, se aproveitando do apetite dos investidores em ambiente de juros baixos, o que tem garantido às estreantes bons múltiplos na venda. O BNDESPar, braço de participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), possui uma fatia de cerca de 4,5% na empresa e poderá acompanhar a oferta secundária e vender sua participação. Já o Pátria, juntamente com o Grupo Promon, que formam o fundo “P2”, possuem mais de 50% da companhia e venderão parte no IPO. O IFC, braço de investimentos do Banco Mundial, possui 3,5% da empresa.

Sinal verde. O aval dos acionistas para o IPO, para a venda de ações detidas pelos sócios, será dado no fim do mês, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), convocada no sábado, dia 08. Procurados, Pátria e o BNDES não comentaram. A Hidrovias do Brasil disse que não poderia comentar além do dito em fato relevante