Valor Econômico
30/01/2020

Por Ana Paula Ragazzi

A gestora Empírica, em parceria com a Insole, captou R$ 150 milhões para um fundo

A gestora Empírica, em parceria com a Insole, fintech que financia soluções em energia fotovoltaica, captou R$ 150 milhões para um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) voltado para ativos de energia solar do Brasil. O produto foi apresentado como o primeiro lançado no Brasil com esse perfil.

Giuliano Longo, sócio-diretor da Empírica, afirma que o fundo poderá participar tanto do financiamento da compra de painéis solares, quanto participar de contratos de locação.

Nesse primeiro momento, o FIDC vai entrar apenas em contratos firmados junto a pessoas jurídicas, ou seja, empreendimentos comerciais ou industriais. Mas, posteriormente, afirma Longo, será analisada a possibilidade de aceitar também a pessoa física, financiando a compra de equipamento para uso residencial. Os recursos ainda não começaram a ser desembolsados pelo fundo.

A aposta no uso de energia solar mira a economia que ela poderá trazer ao longo dos anos para o consumidor. Segundo o executivo da Empírica, um painel desse tipo tem uma vida útil de em média 25 anos. A ideia de financiamento do FIDC é fazer com que nos primeiros cinco anos nada mude na vida do cliente. Assim, o preço a ser pago pelo painel mensalmente tenderá a ser equivalente ao desconto mensal que o cliente terá na conta de energia elétrica que pagava antes de fazer a instalação. Depois desse período inicial, ele terá mais 20 anos para capturar a economia gerado pela energia solar.

Além desses aspecto, outro argumento relevante da venda está atrelado à sustentabilidade, com a geração de energia limpa. Por conta das condições climáticas, o foco de negócios tende a ser o Norte e Nordeste.

Especializada na estruturação de FIDCs, a Empírica possui hoje R$ 2,5 bilhoes em ativos sob gestão, em mais de 25 fundos.