Em mais uma ação de combate a fraude no consumo de água, técnicos da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa), acompanhados de policiais civis, militares e do Departamento de Polícia Técnica, flagraram, na última quarta-feira (20), três prédios residenciais na rua Hildegardes Viana, em Cajazeiras XI, bairro de Salvador, sendo abastecidos por ligações fraudulentas.

A empresa estima que os imóveis, com 16 apartamentos cada um, desviavam cerca 262,8 milhões de litros de água por ano, o que equivale a um prejuízo anual de aproximadamente R$ 60 mil. Com ligações inativadas por falta de pagamento, um deles desde 2006, os prédios já foram flagrados diversas vezes furtando água da rede da Embasa.

Além dos casos suspeitos, identificados por meio das análises de consumo e cruzamento de dados no sistema comercial, a empresa conta com o apoio da população, que pode denunciar sigilosamente as situações de fraude pelo 0800 0555 195.

A Embasa realiza, diariamente, ações de combate a fraude em municípios da sua área de atuação. Na Região Metropolitana de Salvador, onde as ações fraudulentas são responsáveis por um consumo mensal de 2 milhões de litros de água, 50 equipes de campo percorrem a rede distribuidora em busca de irregularidades, entre elas os chamados “gatos”. De janeiro a agosto de 2017, as equipes inspecionaram ligações de cerca de 35 mil imóveis e, em 32% deles, foi identificada algum tipo de irregularidade na ligação.

Crime contra o patrimônio | O furto de água é qualificado como crime contra o patrimônio, de acordo com o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, cujo parágrafo 3º, ao tratar de furtos, equipara “à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”. A pena prevista na lei é reclusão de um a quatro anos e multa.