Correio Brasiliense
19/03/2020

Por Marina Barbosa

A maior parcela dos R$ 100 bilhões serão destinadas às empresas, que podem ter suas atividades reduzidas pela pandemia

O Banco do Brasil decidiu ampliar em R$ 100 bilhões a oferta de crédito neste momento de enfrentamento ao Covid-19. A medida, anunciada nesta quarta-feira (18/3), beneficiará pessoas físicas, pessoas jurídicas, produtores rurais e também os estados e municípios.

“É muito importante que o crédito continue disponível aos nossos clientes neste momento, o que irá contribuir para a superação das dificuldades que venham a enfrentar”, explicou o presidente do Banco do Brasil, Rubem (foto: Fernando Bizerra/Agencia Senado)

A maior parcela dos R$ 100 bilhões serão destinadas às empresas, que podem ter suas atividades reduzidas pela pandemia. São R$ 48 bilhões disponíveis para empresas de todos os portes através de linhas de capital de giro, de investimento e de antecipação de recebíveis.

Também serão destinados R$ 25 bilhões exclusivamente ao agronegócio. O recurso vale tanto para as empresas do setor, quanto para os produtores pessoa física. E será distribuído da seguinte maneira: R$ 5 bilhões para linhas de comercialização, R$ 15 bilhões para o financiamento da produção agropecuária, R$ 3 bilhões de capital de giro e R$ 2 bilhões para investimento.

Já para as pessoas físicas, o Banco do Brasil anunciou um reforço de R$ 24 bilhões na oferta de crédito e a ampliação dos limites de crédito de 13 milhões de clientes, o que pode injetar mais R$ 18 bilhões aos limites de crédito concedidos atualmente. Esse recurso está disponível nas linhas de crédito pessoal (crédito consignado, crédito salário e crédito automático) e já pode ser contratado nos canais digitais e nas agências do banco.

Os estados e municípios, que estão tendo a arrecadação reduzida e as despesas ampliadas por conta do coronavírus, por sua vez, terão acesso a mais R$ 3 bilhões em crédito no Banco do Brasil. O recurso será oferecido aos entes federativos que têm capacidade de crédito atestada pelo Tesouro Nacional e devem ser usados, prioritariamente, no financiamento de equipamentos e obras na área de saúde. O dinheiro, porém, também pode reforçar o investimento em outras áreas, como eficiência energética, infraestrutura e viária, educação e saneamento.