Aesbe reivindica ao governo federal a vacinação prioritária dos empregados do setor de saneamento contra a Covid-19

Em carta enviada no início do mês ao Ministério da Saúde, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), Marcus Vinícius Fernandes Neves, solicita prioridade na vacinação da categoria profissional atuante no saneamento. Ele ressaltou a necessidade de imunizar principalmente aqueles empregados das companhias estaduais que atuam na linha de frente da operação e atendimento à população. Vitais para a manutenção dos serviços de saneamento básico – principalmente o abastecimento de água em tempos de pandemia –, tais empregados não podem ficar distantes da vacinação contra o coronavírus. Com esse entendimento e como resposta à exclusão de seus colaboradores da campanha de vacinação prioritária contra a Covid-19 – ao contrário de outros profissionais de áreas igualmente importantes, como saúde, segurança pública e educação –, a Aesbe pediu ao governo federal a revisão das regras no Plano Nacional de Imunização.

Marcus Vinícius Fernandes Neves salientou que a Aesbe defende, sobretudo, a inoculação dos profissionais da área da operação e manutenção, pois eles estão mais sujeitos à contaminação pelo coronavírus. “A ideia não é que eu seja a prioridade na fila de vacinação, mas sim as pessoas que estão na rua, no front, que trabalham no tratamento da água e do esgoto, que fazem manutenção na rua, que estão nos caminhões”, explicou.

A Aesbe lembra que, além do abastecimento de água já figurar como prestação de serviço essencial, conforme o inciso I do art. 10 da Lei nº 7.783/89, a própria perpetração da atividade é imprescindível ao combate da pandemia. No documento em que pede a vacinação dos profissionais com maior risco de contaminação, a Aesbe ressalta que procedimentos simples de higienização, como a lavagem das mãos, são fundamentais para conter a Covid-19 nesse momento crítico. “As equipes estão na rua mantendo operantes os sistemas de fornecimento de água e de tratamento de esgoto, a despeito dos riscos a que estão expostas, assegurando que água boa e de qualidade chegue com regularidade na casa das famílias”, esclarece o apelo da Aesbe.

Desde o início da pandemia, as companhias estaduais de saneamento têm mantido, e até intensificado, o atendimento à população, tomando também outras medidas importantes para combater o coronavírus – como suspender os cortes no abastecimento por inadimplência e executar desinfecções químicas de áreas de risco, próximas a hospitais, por exemplo. Além disso, têm investido na proteção e qualidade de vida de seus empregados, reforçando a aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs) e adotando o modelo de home office nas rotinas possíveis. 

Proteção contínua

Com o intuito de colaborar com a segurança e proteção de todos, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) distribuiu neste ano, aproximadamente, 8,5 mil máscaras entre seus empregados, estagiários e jovens aprendizes. Cada pessoa recebe um kit com três máscaras ­– que são suficientes para atender à demanda durante um período. Um lote anterior, com 8 mil máscaras, já havia sido entregue até o fim do ano passado. 

H1N1

De longe, o coronavírus representa o maior vetor de preocupação e ameaça sanitária em todo o mundo, inclusive no Brasil. Porém, mesmo com a atenção redobrada em relação à higiene, é preciso nos prevenirmos também contra outras doenças. Um exemplo de instituição que vem participando dessa luta é a Agepisa (Águas e Esgotos do Piauí S/A), que, no mês de março de 2021, cadastrou colaboradores para vacinação contra a gripe H1N1. Além dos servidores efetivos, a vacinação – que oferece proteção imunitária por 12 meses – se estendeu a empregados comissionados e terceirizados.

 

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